Galeria de Artes do Polytheama recebe a exposição “O espaço que há entre as coisas”
Publicada em 17/07/2022 às 08:23Acontece nesta segunda-feira (18), às 19h, na Galeria de Artes Fernanda Perracini Milani (anexa ao Teatro Polytheama), o vernissage da exposição “ O espaço que há entre as coisas”, reunindo as obras dos artistas visuais Dani Shirozono e Jeff Barbato, selecionados pelo edital lançado no início do ano, pela Unidade de Gestão de Cultura, para a temporada de exposições naquele espaço cultural em 2022.
A mostra reúne nove obras que foram selecionadas pelos dois artistas, a partir daquilo que une e/ou separa; do que corta e daquilo que sutura; entre a menor frincha do chão e a maior fenda da terra, “guardadora das imensas águas, o mar” por sua vez, cercado por montanhas e vulcões.
Dani Shirozono propõe, através de sua pesquisa, um entendimento da paisagem como entre espaço. Tal compreensão parte de dualidades presentes em sua vida, como sua identidade nipo-brasileira, e seu trânsito constante entre duas cidades que continham lados da família mais ou menos brasileira, mais ou menos japonesa. Dessa forma, o meio do caminho foi o local confortável de permanência equilibrada. Esquivando-se dos polos, seu trabalho ganha forma nos relevos que surgem das camadas de parafina e tinta, revelando paisagens longínquas.
O processo criativo de Jeff começa por uma fissura de seu próprio corpo e se desdobra para o espaço. E é no percorrer olhando para o chão que ele extrai referências imagéticas, para a criação de suas pinturas expandidas, seus “percursos”. Nas generosas palavras de Júlia Lima, Jeff Barbato “na caminhada, mira não o horizonte, mas o chão, percebendo as rachaduras entre as camadas de cimento, asfalto, ladrilho e pedra, buscando nesses estreitos e rasos abismos encontrar a representação metafórica para as fissuras da vivência, para as fraturas do corpo, para as falhas da memória”.
A partir dessas relações do corpo-espaço, entre percursos e passagens, foi articulada essa constelação de trabalhos aproximados, não pela separação, nem pela união, mas pelo interesse mútuo nas trincas do espaço que há entre as coisas e que poderá ser visitada pelo público até 16 de agosto, com entrada gratuita, de terça a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h às 17h e aos sábados das 10h às 13h.
Os artistas
Dani Shirozono é natural de Viçosa, Minas Gerais. Artista visual e arte-educadora, é formada em Artes Visuais pela Universidade Estadual de Campinas (2014), Dani Shirozono possui uma pesquisa que propõe um olhar sobre a paisagem e o percurso e suas implicações em se entender como parte deles, compreendendo esses elementos como território e espaço de pertencimento.
Em 2022 participou da coletiva “o encontro é um lugar impossível” no Centro Cultural Correios e realizou Dicionário entre-tempos, uma instalação de arte, nos vidros da biblioteca da unidade do SESC Jundiaí com coautoria de Marcela Monteiro. Participou da residência LAB 1 promovida pelo Kaaysá (2021), do Edital Meios e Processos da Fábrica de Arte Marcos Amaro (2020), recebeu a premiação especial do júri do Salão de Artes de Vinhedo (2018) e realizou sua primeira exposição individual através do Edital de ocupação da Galeria de Arte Fernanda Perracini Milani em Jundiaí (2015). Dentre as recentes participações em exposições coletivas, destacam-se o 27º Salão de Artes Plásticas de Praia Grande (2021) e o 17º Salão Ubatuba de Artes Visuais (2021). Expõe junto de Marcela Monteiro Passatempos para Aprender a Perder Tempo até 27 de Julho de 2022 no Sesc Avenida Paulista.
Jeff Barbato é natural de São Bernardo do Campo, São Paulo. Vive e trabalha em Sorocaba. Bacharel em Artes Visuais com a pesquisa “Ensaio para uma fissura: da superfície à profundidade, uma poética’’ pela Faculdade de Arquitetura, Artes, Comunicação e Design da Universidade Estadual Paulista (UNESP) Bauru, realizando uma investigação da história e da estética das fissuras e da representação monstruosa da fissura labiopalatina no campo das artes visuais. Sua pesquisa em artes transita por multilinguagens, tendo o desenho e a fotografia como base para a criação de objetos, esculturas e pinturas expandidas. Propõe diálogos entre os lugares em que a fissura aparece e os fragmentos, acontecimentos e desdobramentos dessa insurgência, passando por searas como corpo, sexualidade e territórios urbanos. Com olhar sensível para o imperfeito, o incompleto, o impermanente e para tudo aquilo que é esquecido e deixado à mercê de si mesmo.
Em 2022 foi júri de premiação da III Mostra Coletiva de Artistas de Ubatuba, participou da residência artística portuguesa DEMONSTRA, produziu e expôs na coletiva Oo encontro é um lugar impossível” no Centro Cultural Correios de São Paulo e até 31 de agosto de 2022 participa junto de Aline Moreno da exposição “O vazio abarcado” na Casa de Vidro em Campinas com curadoria de Jurandy Valença.
Assessoria de Imprensa
Foto: Divulgação
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