Com a presença de sobreviventes, exposição sobre o Holocausto é aberta no Solar do Barão

Publicada em 12/05/2023 às 11:07

A Unidade de Gestão de Cultura (UGC) abriu oficialmente, na tarde dessa quinta-feira (11), a exposição “Holocausto: para que nunca se negue, para que nunca se esqueça e para que nunca mais se repita”, no Museu Histórico e Cultural – Solar do Barão. Aberta para o público até o dia 06 de agosto, a mostra contém também, além das instalações propostas pela UGC, exposições temáticas do Memorial da Imigração Judaica e do Holocausto de São Paulo e do Consulado Geral da República da Lituânia de São Paulo.

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A abertura oficial foi realizada na Sala Jahyr Accioly de Souza e seguida da visita pelas instalações pelos convidados, entre os quais Ariella Pardo Segre e Gabriel Waldman, judeus sobreviventes do Holocausto, que fizeram discursos emocionados sobre as suas memórias de infância da chegada das tropas nazistas à Itália e Á Hungria, respectivamente, seus Países de origem, e fizeram enfáticas manifestações da importância sobre o diálogo, respeito às diferenças e a acolhida no Brasil.

Sala Jahyr Accioly ficou lotada para receber todos os convidados e visitantes

O gestor de Cultura, Marcelo Peroni, deu as boas-vindas aos convidados. “Esta exposição é resultado de uma aproximação que tivemos com o Memorial no ano passado, pensando em ações parceiras e formações. E hoje chegamos à abertura desta exposição, que não se trata de uma ocasião feliz, mas fundamental. É também papel da Cultura provocar a reflexão contra os preconceitos, repensar os costumes, aceitar as diferenças, ainda mais no momento complexo que vive a sociedade, dialogando a partir do fato histórico trazido pelo Holocausto. Retomo uma fala do prefeito Luiz Fernando Machado durante a abertura do Encontro de Cidades das Crianças, de que em Jundiaí impera a política pública do amor. Que esta exposição possa auxiliar a nossa reflexão sobre a construção da cidade e de suas pessoas”, comentou Peroni, agradecendo o diretor do departamento de Museus, Paulo Vicentini, e todos os envolvidos na realização da exposição.

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Representando o prefeito, o gestor de Governo e Finanças da Prefeitura, ressaltou a importância da Prefeitura na promoção da exposição. “Assim como as pessoas retratadas na exposição, estes sobreviventes conheceram um verdadeiro desastre promovido de forma sistemática e orquestrada contra a Humanidade. Por isso é necessário que o Poder Público promova políticas conscientes e profundas para que nunca mais volte a chegar perto de algo parecido com isso”.

Ariella reconheceu-se em uma das fotos da exposição

Exposição
Quem visitar o Museu poderá conferir, junto à exposição proposta pela Prefeitura, também as instalações “Shoá: como foi humanamente possível?”, proposta pelo Memorial; e “Os justos entre as nações da Lituânia”, promovida pelo Consulado.

Durante a abertura, o rabino Toive Weitman, diretor do Memorial, agradeceu a Prefeitura pela parceria. “Os sobreviventes do Holocausto passaram pelo verdadeiro inferno na Terra, viram à sua frente a destruição do Universo. E sempre que os encontro não vejo ódio, vingança e rancor, mas amor, abraços e sorrisos. Esta não é uma exposição agradável, mas é sim emocionante, forte e sensorial, pois traz para a nossa pele a dor dessas vítimas e garante uma reflexão necessária, para que isso não se repita com nenhum povo”.

O cônsul honorário da Lituânia, Carlos Levenstein, também agradeceu pela parceria e explicou o contexto da exposição proposta. “A mostra retrata o empenho de famílias não judias na Lituânia para salvar as vítimas de perseguição. Enquanto judeu lituano, é bastante possível que alguém da minha família tenha sido salvo em algum momento, por alguém. A Lituânia era e ainda é um País pequeno, mas ainda assim onde se viu a generosidade do ser humano, mesmo em tempos de condições tão adversas”.

Também participaram da visita o presidente da Câmara Municipal, o vereador Antonio Albino; as coordenadoras educacionais do Memorial, Sarita Sarue e Ilana Iglicky; a dirigente da Diretoria de Ensino da Região de Jundiaí, Valdete Melo, acompanhada de educadores e alunos da rede estadual de ensino; o ex-prefeito Miguel Haddad; além de ex-integrantes do Comitê das Crianças; e interessados em geral.

Serviço
A exposição fica em cartaz até o dia 06 de agosto, com entrada gratuita e faixa etária indicada para maiores de 12 anos. Crianças menores dessa idade poderão fazer a visita somente se acompanhadas de adultos responsáveis. O Museu fica na rua Barão de Jundiaí, 762 – Centro, e fica aberto, com entrada gratuita, de terça-feira a domingo, e feriados, das 10h às 17h. Mais informações pelo telefone (11) 4521-6259.