‘Eu tenho Voz’: projeto de enfrentamento à violência inicia apresentação aos estudantes
Publicada em 19/04/2024 às 12:50Depois da formação e sensibilização dos educadores e equipes gestoras, o projeto “Eu tenho Voz” – uma das iniciativas da Unidade de Gestão de Educação (UGE) para a identificação e enfrentamento aos diversos tipos de violências contra as crianças – iniciou as atividades deste ano letivo junto aos estudantes. A primeira realização foi na manhã desta quinta-feira (18), na Emeb Ivo de Bona (Almerinda Chaves), onde as turmas se revezaram ao longo do dia na quadra da escola para participar das atividades”.
Idealizado pela magistrada Dra. Hertha Helena de Oliveira e realizado em parceria com o Instituto Paulista de Magistrados (IPAM), o projeto consiste na apresentação da peça “Marcas da Infância”, em que a Cia. Narrar, por meio de uma abordagem lúdica e interativa, traz à tona temas como violências e abusos contra crianças e provocando naqueles do público que já passaram por algum tipo de experiência traumática o estímulo à quebra do silêncio e inclusão na rede intersetorial de atendimento à vítima.
Em 2024, o projeto chega ao seu terceiro ano de realização no Município, já tendo impactado mais de 10 mil estudantes em 16 unidades escolares, devendo, só este ano, ser apresentado a cerca de 4,5 mil crianças do Ensino Fundamental 1 (de 1º a 5º ano), de cinco escolas municipais.
“O ‘Eu tenho Voz’ chegou a Jundiaí como mais uma iniciativa do programa Escola Inovadora para identificação e enfrentamento aos diversos tipos de violência contra as crianças. Vale destacar que, juntamente com a apresentação da peça do projeto, existe, sob a direção da UGE, uma rede intersetorial de atendimento à vítima que quebra o silêncio, composta pelas Unidades de Gestão de Assistência e Desenvolvimento Social (UGADS), Cultura (UGC), Esporte e Lazer (UGEL) e de Promoção da Saúde (UGPS) da Prefeitura, além do Ministério Público e dos Conselhos Tutelares”, comentou a gestora de Educação, Vastí Ferrari Marques.
Após a apresentação da peça, a dr.ª Hertha fez um apelo às crianças. “Muitas vezes a vítima fica em silêncio porque recebe ameaças do abusador ou, de alguma forma, é descreditada por ele. E nós estamos aqui para dizer a vocês, crianças, que acreditamos e trabalhamos para vocês. Quando vocês sentirem que há algo de errado, precisam pedir socorro para alguém de confiança, não podem e não merecem ficar em silêncio”, comentou a juíza, acompanhada da promotora de Justiça drª Vanderleia Lenci e da gestora do projeto Geralda Borges.
A magistrada também apresentou às crianças a Mariazinha e o Zequinha, bonecos do projeto que ficarão na escola por um período. “Eles são nossos parceiros para que, se tiverem algo a compartilhar e não conseguirem fazer isso hoje, passando pelos bonecos possam se lembrar da peça e procurar a professora ou a equipe da escola para conversar”.
Assessoria de Imprensa
Fotos: Fotógrafos PMJ
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