Cia. Jovem de Dança recebe bailarinos dinamarqueses para intercâmbio artístico
Publicada em 01/07/2024 às 18:26Até o final de julho, a Cia. Jovem de Dança recebe em seu elenco a participação especial da bailarina Alberte Mouritsen e do bailarino Severin Raun, integrantes do Koma Ballet, localizado na cidade dinamarquesa de Odense. O intercâmbio entre os jovens é resultado de uma parceria iniciada no fim do ano passado, firmada entre a Unidade de Gestão de Cultura (UGC) e a também companhia jovem da Dinamarca, e que já rendeu a participação do bailarino jundiaiense Gean Marcos e do diretor artístico da Cia. Alex Soares na montagem de um espetáculo em dezembro.
Até o fim do mês, os bailarinos irão participar dos ensaios e rotinas da Cia. Jovem, além de integrar o elenco de apresentações do grupo na próxima semana, como exibições externas, as reapresentações de “Instagrimm” e de “Dança pra Lua”, além da montagem de uma coreografia inédita.
“Este é um momento de muita alegria, pois marca a forma como a nossa companhia, pública e jovem, tem ganhado cada vez mais destaque no cenário da Dança. Isto é fruto de uma parceria, que já rendeu a ida e aprendizagens de um de nossos bailarinos lá na Dinamarca, e que agora permitiu a vinda destes jovens, num verdadeiro e enriquecedor intercâmbio de culturas e propostas coreográficas, em fase de negociação para que se expanda ainda mais”, comentou o gestor de Cultura, Marcelo Peroni.
Durante a vivência em Jundiaí, os bailarinos estão sendo acompanhados por Caroline Rodrigues, que integrou o grupo jundiaiense entre 2018 e julho de 2021, e é uma das fundadoras e gerente artística do Koma Ballet. “Quando saí da Cia. Jovem tive uma experiência em Munique, na Alemanha, em seguida atuei como bailarina na Dinamarca a convite da Holstebro Dansekompagni. Lá na Europa eu senti que havia uma espécie de buraco para os bailarinos que não eram mais estudantes e que ainda não tinham experiência profissional. Foi então que me inspirei na referência que eu tinha do Brasil, que era a Cia. Jovem de Jundiaí, e fundei o Koma, junto com a Inge Fjord, que é a diretora geral da companhia, além de ser também a diretora do The Royal Ballet School em Odense. A vontade de trabalhar com Jundiaí e com o Alex esteve sempre presente e, no fim do ano, iniciamos esta feliz parceria, que já garantiu que os bailarinos conheçam e tivessem vivências que estão até pra além da dança, em outros Países, por meio de uma oportunidade.”
A bailarina Alberte, de 19 anos, compartilhou suas primeiras impressões. “É tudo muito diferente, são muitos estilos, um repertório bastante moderno e muitas oportunidades para exercitar improvisação. Já são tantas as impressões sobre o Brasil. Viemos de um País plano e com pouco sol, e aqui me chamaram a atenção a quantidade de colinas e de iluminação solar. Talvez seja por isso que mesmo as pessoas que não conhecemos e não falam nossa língua já se parecem nossas amigas”.
Já Severin, de 20 anos, completou. “Esta é a minha viagem abaixo da linha do Equador, num País onde, se não fosse por esta oportunidade, talvez eu nunca visitasse. Mas que já me marcou de forma muito profunda, uma ocasião diferenciada para trabalhar com bailarinos muito bons. Já conhecíamos um pouco da realidade da Dança brasileira por meio da Caroline e do Alex, mas temos experimentado novos formatos e aprendido muito. Mesmo dos bailarinos que não falam Inglês, temos visto um esforço enorme de nos comunicar. Isso era algo que não esperava. Simplesmente, não consigo expressar a minha gratidão”, comentou o bailarino de 20 anos.
Alex Soares também falou da importância do intercâmbio. “Trata-se de uma possibilidade importante, tanto para os nossos bailarinos, que, através de ste contato conseguem comparar o seu nível com o que está sendo produzido lá fora, quanto para os bailarinos visitantes, que, por meio desta construção de memória e lembrança do Brasil levam, como representação do País, aquilo que conheceram em Jundiaí”.
E acrescentou. “Com este elenco estamos montando uma coreografia inédita sobre a expressão dinamarquesa ‘hygge’. Assim como a palavra ‘saudade’, que não tem uma tradução precisa em outras línguas, uma tentativa de se traduzir ‘hygge’ é a de um conceito que pode ser aconchego, a sensação de se estar num ambiente agradável, um estado de intimidade da alma. Algo muito ligado, por exemplo, ao fato de os dinamarqueses serem considerados entre os povos mais felizes. Assim, esta coreografia é uma tentativa de traduzir em imagens esta sensação que para eles é muito forte e ressaltar as diferenças e pontos de encontro entre este entendimento da parte deles e também por nós”, adiantou.
Mais Cia. Jovem de Dança
Com as participações de Alberte e Severin, a Cia. Jovem de Dança apresenta a coreografia de “Instagrimm” no Teatro Polytheama no domingo (07), às 19h, durante a “2ª Mostra de Dança Contemporânea Infantojuvenil”.
Já no domingo (28), a partir das 18h, o grupo reapresenta a sua coreografia premiada “Dança pra Lua”, além da coreografia de estreia. A noite de espetáculo contará ainda com a participação especial do Núcleo de Dança de Barueri.
As apresentações da Cia. Jovem de Dança podem ser conferidas na Agenda Cultural.
Assessoria de Imprensa
Fotos: Fotógrafos PMJ
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