Câmeras de monitoramento são colocadas na Serra
Publicada em 26/06/2015 às 17:41A Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente e a Guarda Municipal, por meio da Divisão Florestal, instalaram as primeiras câmeras do novo Programa de Monitoramento da Fauna Silvestre, nesta sexta-feira (26), na Serra do Japi. Também chamadas de “armadilhas fotográficas”, possuem visão noturna e sensor de movimentos e devem aumentar os dados disponíveis para os cuidados necessários nas políticas públicas de proteção do meio ambiente.
“São cinco câmeras nessa etapa inicial, voltadas principalmente para animais como onças pintadas ou preguiças. Mas, como orientou o prefeito Pedro Bigardi, que devem gerar novos tipos de atuação nessa relação entre conhecimento e ações práticas”, afirma Daniela da Câmara Sutti, secretária do Planejamento e Meio Ambiente.
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De acordo com o comandante da Guarda Municipal, José Roberto Ferraz, a iniciativa reforça as preocupações de todos os setores envolvidos com a Serra do Japi sobre os desafios de sua conservação diante da pressão do crescimento regional e macrometropolitano. Ele citou questões como os riscos do efeito borda (mudanças de características) ou o isolamento desse trecho de mata atlântica (pela falta de corredores ecológicos amplos).
De acordo com o assessor técnico e biólogo Jairo de Cássio Pereira, do Departamento de Meio Ambiente da secretaria, a fase inicial vai permitir a calibração dos equipamentos sobre disposição, distância de quebra de luz, duração de baterias e sensibilidade de captura de imagens em um período de 30 dias.
Entre os casos de referência de armadilhas fotográficas usadas para o serviço, estão um estudo de 52 mil imagens feito pela organização Conservation International, apontando para a redução da diversidade de mamíferos no mundo pela perda de habitats, as novas descobertas sobre o tatu canastra pantaneiro divulgadas pela National Geographic Brasil e a reabilitação da onça parda chamada de Anhanguera na região da serra pela Associação Mata Ciliar.
“É um novo mecanismo de apoio ao trabalho ambiental e pode colaborar muito em diversas áreas, que serão visualizadas com o próprio uso cotidiano”, afirma a também bióloga da SMPMA, Luciana Maretti, coautora do projeto.
No futuro, o uso do equipamento também pode ser feito desde o maior conhecimento sobre hábitos das espécies da serra, a dinâmica da floresta e registros concretos para uso da educação ambiental até o uso em outras áreas do município – como fragmentos ambientais isolados, apoio sobre fauna urbana em laudos técnicos e principalmente indícios de presença de espécies ameaçadas de extinção.
José Arnaldo de Oliveira
Foto: Fotógrafos PMJ
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