Regionais: Goleira medalha de ouro por Jundiaí vai jogar na Noruega
Publicada em 07/07/2015 às 20:54Ninguém comemorou tanto a medalha de ouro na disputa do handebol feminino nos 59º Jogos Regionais quanto a goleira Gabriela Gonçalves Dias Moreschi, 20 anos. Para ela, a festa foi em dose dupla. O título de Jundiaí, o 23º sob o comando da técnica Rita Orsi, por si só já seria motivo de festa. Mas, a oportunidade de jogar no handebol europeu é realmente motivo de êxtase.
Gabriela, que é de Santo André, está se despedindo da terra da uva após seis meses. No final do mês, a goleira embarca para Tonsberg, município de 36 mil habitantes a 600 quilômetros da capital Oslo e que em dezembro enfrenta temperaturas que chegam a -4°C. Lá irá defender o Filint, com contrato assinado por dois anos.
“É uma grande oportunidade para a minha carreira. Embora seja um time da 2ª Divisão, se eu conseguir fazer boas temporadas terei a chance de conseguir a transferência para equipes maiores”, disse, empolgada.
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Nada assusta Gabriela, que considera a viagem o maior desafio de sua vida. Frio e o idioma parecem não preocupar. “Estou preparada, ansiosa e muito feliz. Aposto no meu potencial para vencer”, definiu.
A atleta não conseguiu esconder a emoção na despedida. Ela começou o jogo contra Tietê na reserva, mas o destino trouxe a última chance de jogar na quadra anexa ao Bolão. Pela primeira vez em sua carreira, a goleira Paula, então titular, sofreu cãibra e deixou a partida. As duas se revezararam no gol de Jundiaí durante os Regionais.
“Só tenho que agradecer o que Jundiaí fez por mim e, principalmente, a Rita Orsi (técnica). Fico triste em ter que deixar esta cidade maravilhosa, mas tenho que pensar na minha carreira, como profissional”, destacou a atleta, que já teve duas convocações para a Seleção Brasileira.
A Noruega é uma das forças do handebol feminino mundial. Faturou os títulos olímpicos de 2008 em Pequim, na China; e 2012, em Londres, na Inglaterra; além de dois mundiais (1999 e 2011); cinco títulos de campeã européia; e dois da Copa do Mundo da modalidade.
No país, atletas do handebol são ídolos nacionais e podem ser vistas diariamente em comerciais na televisão, assim como os principais jogadores de futebol do Brasil. É este ambiente que Gabriela irá encontrar a partir deste mês. Uma mudança no mínimo radical.
Ivan Lopes
Fotos: Paulo Grégio
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