De olhos vendados, estudantes testam ‘sentidos’ no centro histórico

Publicada em 21/07/2015 às 15:30

Uma turma de estudantes da Emeb Rotary Club participou, nesta terça-feira (21), das atividades propostas pelo projeto Urbanismo Caminhável com a equipe de orientadoras do Acupuntura Urbana. Com a proposta de resgatar a descoberta de novos sentidos para a cidade, alguns chegaram a circular vendados com apoio de companheiros de turma para registrar sensações como olfato, audição ou tato na área da praça Governador Pedro de Toledo, no Largo da Matriz.

A experiência foi viabilizada por uma parceria entre a Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente e a Secretaria de Educação. Além das professoras Sandra Piovesan (História) e Lurdes Menicci (Inglês) e da coordenadora pedagógica Eunice Pereira, a atividade também foi prestigiada por Claudete Formis, do recém-criado Núcleo de Educação Socioambiental.

As atividades foram voltadas para a “experiência sensorial” no Centro

Para as educadoras, é importante refletir como tornar novamente a cidade mais amigável para crianças e adolescentes. Também estiveram presentes técnicos da área de planejamento da Prefeitura.

Elementos da cidade, em atividades guiadas passaram por outro tipo de percepção

De acordo com o projeto Acupuntura Urbana, “antes de existirem no mundo fisicamente, todos os espaços públicos ou privados são construídos primeiramente no campo afetivo. Considerar essas memórias é uma forma de reconhecer e validar as pessoas que se relacionam com esse espaço, como seus criadores e, portanto, corresponsáveis por sua existência e eficiência no mundo” e isso pode ser trabalhado com mudanças colaborativas.

Operacionalizaram a atividade as especialistas Inês Fernandes, arquiteta e ativista portuguesa, e Andrea Sender, arquiteta pós-graduada em projetos sustentáveis na França. “Teremos ainda duas outras etapas com eles em outras datas”, comentou Andrea. A expectativa é trazer para Jundiaí um reforço para a busca de relações entre as escolas e a cidade.

De acordo com Thaísa Froes, do coletivo que reúne também Instituto Mobilidade Verde, Zoom Urbanismo e Contain (It) no projeto, a variedade de ações reflete a própria complexidade da retomada dos espaços públicos pela comunidade. Nesse sentido, a adivinhação de direções de olhos vendados ou a “leitura” de placas de praça com os dedos pode ser uma forma de estimular a redescoberta dessa curiosidade de crianças e adultos.

José Arnaldo de Oliveira
Fotos: Fotógrafos PMJ

Link original: https://jundiai.sp.gov.br/noticias/2015/07/21/de-olhos-vendados-estudantes-testam-sentidos-no-centro-historico/