Cultura promove debate, apresentação de documentos históricos e sessão de cinema em Consciência Negra
Publicada em 20/11/2021 às 17:49A Unidade de Gestão de Cultura (UGC) promoveu na tarde deste sábado (20), data em que se comemora o Dia da Consciência Negra, um evento com apresentação de documentos históricos, debate e a apresentação de um filme. Ocorreu na Sala Jundiaí do Complexo Fepasa, com entrada franca, e foi transmitido nos canais da Cultura no Youtube e no Facebook.
O gestor de Cultura, Marcelo Peroni, destacou a importância da data e lembrou aos presentes e webespectadores que este é o início de outras ações voltadas à cultura negra, que incluem inscrições para a seleção e contratação de artistas, solo ou em grupo, por meio da realização de propostas artísticas e culturais, com mais de R$ 40 mil em investimentos (saiba mais AQUI). “Queremos refletir e discutir ainda mais sobre a consciência negra, e acreditamos que a cultura é um importante motor para questionamentos e reflexões”, destacou o gestor.
O evento trouxe uma importante mesa de debate com especialistas: Jensen Silva (assessor de Políticas Públicas para a Igualdade Racial da Prefeitura de Jundiaí); Paulo César Henrique (bailarino, professor e coreógrafo), Tânia Henrique (integrante do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher e do Conselho do Clube 28 de Setembro); Maria Elizabete da Silva (presidente do Conselho Municipal de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra); e do publicitário Enio Xavier, que fez a mediação.
“Acredito no trabalho junto à comunidade, com a cultura, dando voz e expressão à população dos bairros, dando oportunidade às pessoas”, declarou Jensen.
Documentos históricos
O evento contou também com a apresentação de documentos relevantes dos tempos da escravidão na região de Jundiaí. O diretor do Departamento de Museus da UGC, Paulo Vicentini, mostrou fotos de documentos de compra, venda e penhora de escravos, além de antigas reportagens publicadas na imprensa local e outros materiais raros.
“Parte desses documentos estão com a Cultura, mas também há outros documentos importantes em outros locais, como em cartórios e universidades”, explicou Paulo. “O Brasil é o país que mais recebeu pessoas escravizadas. Nosso desafio é digitalizar cada vez mais esses documentos. Entendemos a importância de disponibilizá-los à população, para que possamos aprofundar nossas pesquisas e discussões acerca das questões raciais.”
Por fim, apenas para o público presencial, foi apresentado o filme “Doutor Gama”, do diretor Jeferson De, um lançamento da Globo Filmes. Lançado em agosto deste ano, “Doutor Gama” conta a história de vida de Luiz Gama, homem negro que usou leis e tribunais para libertar mais de 500 escravos.
Assessoria de Imprensa
Fotos: Fotógrafos PMJ
Assista à apresentação:
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