Mutirão de cirurgias eletivas tem início neste sábado (4)
Publicada em 03/05/2013 às 19:18Com 10 procedimentos marcados, o Hospital Universitário (HU) abre neste sábado (4) o mutirão de cirurgias eletivas da Secretaria de Saúde. A iniciativa acontece até o dia 1º de junho, sempre aos sábados, visando atender 50 demandas de uma fila de espera acumulada ao longo dos anos e que forma um “pacote” que pode ser negociado tanto com o HU – mantido pela Faculdade de Medicina de Jundiaí – quanto com outros hospitais da rede privada e até de outros municípios.
Neste modelo, o custo de cada cirurgia é de R$ 1,6 mil e este primeiro mutirão prevê um investimento total de R$ 80 mil.Serão cinco cirurgias de varizes e outras cinco de hérnia inguinal no primeiro dia. “São casos em que o paciente não apresenta complicações e pode voltar para casa no mesmo dia ou, no máximo, domingo”, afirma o secretário de Saúde, Cláudio Miranda.
A fila de espera por este tipo de cirurgia chega a 1,5 mil pessoas acumuladas nos últimos 3, 4 anos – segundo estimativas da própria secretaria. A demora no atendimento gerada pela administração passada gerou diferentes situações: uma parte destes pacientes, ao ser contatada, já resolveu em algum momento o problema de maneira privada. Outra parte, com exames preparatórios realizados há muito tempo, teve de refazer o processo. A coordenação deste trabalho foi realizada pelo NIS (Núcleo Integrado de Saúde).
Contrato – “É um teste também para vermos mudanças no nosso contrato com o Hospital Universitário, que prorrogamos por 3 meses para analisar este tipo de demanda. O mutirão é uma amostra desse diálogo. Estamos com o centro cirúrgico do Hospital São Vicente lotado com urgências e o deles é ocupado por emergências obstétricas. Mesmo assim, fazem 200 cirurgias eletivas por mês e precisaríamos elevar o número de alguma forma para pelo menos 320 cirurgias eletivas mensais. Por isso pensamos em oferecer o pacote para outras alternativas”, afirma Miranda.
Ele lembra que este setor de cirurgias, chamado de baixa complexidade, deve receber um bom reforço com a chegada do Hospital Regional, em construção pelo Governo do Estado. Dessa maneira, as urgências vão ter uma rede formada pelo futuro novo hospital municipal, já negociado pela Prefeitura para construção e custeio com o Governo Federal, além da rede de quatro UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e dois PAs (Pronto Atendimento). A área de obstetrícia e pediatria fica no Hospital Universitário, de boa qualidade. E a alta complexidade, em casos como oncologia ou neurologia, pode ficar no futuro concentrada no Hospital São Vicente.
Por José Arnado de Oliveira
Foto: Dorival Pinheiro Filho
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