Em Piracicaba, Saúde atualiza luta contra trabalho infantil
Publicada em 12/06/2013 às 17:23Uma reunião em Piracicaba, nesta quarta-feira (12), que marca o Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil, contou com representantes de Jundiaí para o debate sobre a implementação das diretrizes para a atenção integral à saúde das crianças e adolescentes economicamente ativos no SUS (Sistema Único de Saúde). “Vai haver um novo esforço conjunto sobre esse tema”, explica Hélio Gabriel Faria Silva, gerente do Centro de Vigilância da Saúde do Trabalhador (Visat-Cerest), da Secretaria de Saúde.
Além das diretrizes, o encontro (promovido pela Secretaria Estadual de Saúde) abordou também alguns tipos de atividades de risco que envolvem crianças e adolescentes nas cidades paulistas, o diagnóstico da situação de saúde da população de 5 a 17 anos envolvida nisso, a capacitação de equipes para notificação no sistema integrado (Sinan-Net) e a atenção à saúde e ao combate e erradicação de trabalho infantil.
De acordo com Elizeu Diniz, diretor técnico substituto no Centro de Vigilância Sanitária do Estado, o papel dos centros de referência, como o Cerest Jundiaí, é estimular o trabalho conjunto nas cidades da região tanto com a rede de atenção básica quanto com outras entidades relacionadas como as áreas de assistência social, educação, emprego e proteção da criança e do adolescente.
Trabalho doméstico
Em outra frente, foi lançada a campanha “Tem criança que nunca pode ser criança”, contra o trabalho infantil doméstico, e o o relatório “O Trabalho Infantil Doméstico no Brasil” com base nos dados da Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.
Dados de pesquisa feita em 2011 mostraram que 93,7% das crianças e adolescentes ocupados no trabalho infantil doméstico são meninas (241 mil). Os meninos somam 16 mil. E 67% dos trabalhadores infantis domésticos são negros (172.666) enquanto os não negros somam 85.026.
Por José Arnaldo de Oliveira
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