Feira da Amizade é importante capítulo na história da Apae

Publicada em 12/09/2013 às 19:34

A vontade de Mercedes Ladeira Marchi em ajudar a instituição que tão bem acolheu a filha com síndrome de down, Martha Ladeira Marchi, nascida em 1955, fez brotar nela o desejo de ajudar o espaço que prestava assistência a diversas crianças da cidade. Por isso, em 1969, ela criou a Feira da Amizade, para destinar fundos à Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Jundiaí (Apae).

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No primeiro ano, o evento – chamado ainda de Feira da Bondade (nome usado por dois anos) – arrecadou 169 mil cruzeiros, valor doado integralmente para a construção da sede da instituição, na rua Francisco Telles, Vila Arens.

Suely e Alberto destacam importância da Feira na história da Apae

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Em 1970, outra feira foi realizada ainda para erguer o prédio. Só com a verba do evento de 1971, a obra foi concluída e, nos anos seguintes, a feira passou a arrecadar verba para outras entidades.

Logo na terceira edição, o então presidente Emílio Garrastazu Médici compareceu e tornou a festa conhecida no País inteiro, graças à cobertura da imprensa na época. “A Apae precisava muito de ajuda. Funcionava em um prédio velho, sem estrutura. Fiquei muito satisfeita em poder ajudar”, diz Mercedes.

E quem toca a instituição hoje é grato pela colaboração da Feira da Amizade. “Foi algo decisivo no passado e é um marco em nossa história. A Feira proporcionou à instituição a construção do seu principal prédio, usado ainda hoje”, destaca o presidente da Apae, Alberto Mori, ao lado da diretora da instituição, Suely Angelotti.

Puxadinho
Neste ano, a instituição volta a ser beneficiada na Feira da Amizade, por meio da Barraca Puxadinho, que ficará no setor de botecos e comercializará salgados e bebidas. “Nossa expectativa é positiva. A Feira tem um caráter extremamente positivo. Acredito que a população vá se engajar e contribuir”, diz Suely.

Alberto explica que, assim como a filha de Mercedes Marchi, muitas outras crianças, jovens e adultos são assistidos pela Apae atualmente. “O atendimento é de 1,2 mil pessoas. A despesa mensal da instituição de R$ 450 e R$ 500 mil. Temos convênios com órgãos públicos, que pagam parte dos gastos, no entanto, não conseguimos chegar à totalidade. Por isso, contamos com a ajuda de voluntários e realizamos eventos.”

Ele conta que a Apae, que recentemente completou 56 anos, tem planos para o futuro. Um deles é transformar um imóvel, que fica próximo à sede da instituição, na Vila Arens, em uma casa de apoio para as famílias que levam seus filhos à Apae. Além disso, para o prédio construído com a colaboração da Feira, o projeto é instalar um elevador e deixá-lo mais acessível, com rampas. “Vamos caminhar para melhorar cada vez mais. O prédio, na época em que foi construído, era o suficiente. No entanto, ele precisa ser mais acessível e vamos batalhar para isso.”

Serviço
A Feira da Amizade ocorre nos dias 27, 28 e 29 de setembro e 4, 5 e 6 de outubro, no Parque Comendador Antônio Carbonari (Parque da Uva). Às sextas, o evento começa às 19h e termina às 22h. Aos sábados, o público pode conferir as atrações das 10h às 22h. Nos domingos, a Feira da Amizade ocorre das 10h às 20h.

O Parque da Uva fica na Avenida Jundiaí, s/nº, Anhangabaú.

O cheque entregue à instituição, na primeira edição, foi destaque

O cheque entregue à instituição, na primeira edição, foi destaque

Por Luana Dias
Foto: Dorival Pinheiro Filho


Link original: https://jundiai.sp.gov.br/noticias/2013/09/12/feira-da-amizade-e-importante-capitulo-na-historia-da-apae/
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