Jundiaí dá início ao Plano de Macrodrenagem
Publicada em 18/10/2013 às 19:04O escoamento concentrado das águas da cidade para a “calha” do rio Jundiaí foi um dos focos da reunião desta sexta-feira (18) entre os secretários Aguinaldo Leite (Serviços Públicos), Daniela da Camara Sutti (Planejamento e Meio Ambiente) e do superintendente da DAE, Jamil Yatim, com a equipe da empresa contratada para a elaboração do Plano Diretor de Macrodrenagem Urbana – parte do tripé obrigatório do novo Saneamento Municipal, ao lado do Plano de Resíduos Sólidos e do Plano de Águas e Esgotos.
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“A previsão recebida é de 4 meses para a primeira fase do plano de drenagem”, afirmou Aguinaldo Leite.
De acordo com os arquitetos Adriano Estevão e Roberto Falanque, além do engenheiro Júlio Canholi, da Hidroservice, os parâmetros da drenagem moderna de água são o controle de quantidade, o controle de qualidade, a restauração dos rios urbanos e a recarga dos aquíferos.
O rio Jundiaí drena praticamente todo o município e os pontos de recarga são os afluentes que formam bacias (que por sua vez formam microbacias). Um dos consensos apontados é que uma das prioridades é formada pelo rio Guapeva e seus afluentes, que formam a maior bacia urbana. “Havia uma proposta que era praticamente apenas uma praça. Vamos precisar de um projeto completo ali”, comenta Daniela.
Outro ponto destacado foi que outra das bacias afluentes, do rio Jundiaí-Mirim, concentra 98% do abastecimento de água dos moradores.
Para o diretor da DAE, Aray Martinho, o planejamento da zona Oeste precisa ser revisto para garantir o uso da bacia do Ribeirão Caxambu (na região do Medeiros) nas outorgas já garantidas pelo município de águas vindas da Serra do Japi. A Defesa Civil, a Secretaria de Obras, a Fundação de Ação Social e outros setores de governo também serão consultados sobre as prioridades.
Limite
As diversas bacias, de acordo com os objetivos do plano, terão seu limite de vazão máxima estabelecido, com providências como áreas de infiltração, mecanismos de redução da velocidade da água pluvial e até os reservatórios conhecidos como “piscinões” incorporadas ao controle urbano da macro e microdrenagem.
“Nós iniciamos a retirada de bancos de areia do rio Jundiaí, de maneira ainda emergencial, buscando evitar problemas com as chuvas de início de ano. Mas esse plano vai possibilitar providências estruturais”, destaca Rodrigo Batalha, diretor voltado para recursos hídricos da Secretaria de Serviços Públicos.
O ponto de partida é a reelaboração de levantamentos de altimetria do município, que pela topografia montanhosa forma muitas áreas em cada bacia.
José Arnaldo de Oliveira
Foto: Alessandro Rosman
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