Paixão pelo vinil se transforma em clube no Solar do Barão
Publicada em 08/10/2014 às 11:19Mesmo na era do MP3, os discos de vinil ainda têm fãs que não abrem mão do som e das lembranças que os velhos LPs trazem.
Para matar as saudades desta época, a partir da próxima quinta-feira (16), às 19h30, o Museu Histórico e Cultural de Jundiaí “Solar do Barão” abriga o Clube do Vinil, uma iniciativa da Secretaria de Cultura que busca resgatar e preservar a história do ‘velho bolachão’. Serão feitos encontros mensais sempre com a participação de um convidado especial.
Alguns destes itens podem ser encontrados na exposição sobre a história da comunicação, que vai até o dia 18 de novembro no próprio museu. A iniciativa faz parte do Programa de Metas criado pelo prefeito Pedro Bigardi, que determina a valorização da cultura e da história do município.
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Segundo o diretor do Museu Histórico e Cultural de Jundiaí, Jean Camoleze, a proposta é que o museu se torne um ponto de encontro dos amantes do vinil. “A ideia é que visitantes tragam os discos e compartilhem experiências. Queremos transformar o Solar do Barão num ponto de encontro entre colecionadores e pessoas que gostam do vinil”, destaca Jean.
O músico Marco Antônio Nasser, mais conhecido como Marcola, será o primeiro convidado do Clube do Vinil. Marcola não troca o som dos mais de 2,5 mil discos pelo formato do MP3. “O vinil é diferente, não é apenas a música. As capas dos discos são também um diferencial. Na época era pensado um conceito de capa que refletisse as ideias das músicas”, fala o músico que completa. “O som também é outro, é mais ‘encorpado’, você ouvir um disco e comparar com o CD, é outra música” completa.
Fã de vinil, o jornalista Thiago Secco também integra o clube. “A ideia é ótima. Existe um mercado consumidor carente e, aqui na cidade, têm muitas pessoas que gostam do vinil, mas não tinham um lugar para se encontrar”, afirma.
Defesa
Como Marcola, o jornalista sai em defesa do “bolachão”. “O formato de CD sofre muitas modificações e alguns sons dos instrumentos se modificam. Quando você tem um bom equipamento, um tocador de discos ou uma caixa de som, ouvir o vinil é uma experiência diferenciada”, comenta.
Segundo Thiago, o vinil ainda é produzido em países como o Japão, Alemanha, Inglaterra e também o Brasil. “Alguns artistas voltaram a produzir material para este formato. Em alguns casos é lançado como um item de colecionador.”
O encontro já cria expectativa entre os colecionadores da cidade. “Estou animado com a iniciativa, vamos resgatar uma parte importante da história da música, trocar experiências sobre equipamentos e até trocar vinis entre os frequentadores”, finaliza Marcola.
O encontro acontece no Museu Histórico e Cultural de Jundiaí Solar do Barão, na rua Barão de Jundiaí, 762, Centro. Mais informações, ligue: (11) 4521-6259.
Assessoria de Imprensa
Foto: Fotógrafos PJ
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