Sesi e Banco do Povo orientam microempresários
Publicada em 14/11/2014 às 17:13Por meio de parceria inédita entre o Sesi e o Banco do Povo de Jundiaí, um curso com duração de quatro horas foi realizado nas dependências do órgão, no Centro das Artes, durante a manhã desta sexta-feira (14).
Sob o tema “Administre seu dinheiro de forma consciente”, a agente de responsabilidade social do Sesi, Ingrid Taffarello, recebeu aproximadamente 20 interessados em fazer com que o dinheiro renda mais no fim do mês. A maior parte deles, beneficiários das linhas de crédito do Banco do Povo, era o público-alvo da iniciativa.
“Esse curso é itinerante, atende principalmente funcionários da iniciativa privada e, agora, pela primeira vez, vem ao Banco do Povo”, garantiu a professora, que explicava aos alunos técnicas simples para entender melhor os juros cobrados nas prestações.
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Também no conteúdo, dicas para poupadores iniciantes, práticas de poupança, previdência privada e a importância do uso diário de uma planilha com as entradas e saídas financeiras da família. Dicas simples, mas que podem fazer toda a diferença para quem não quer se assustar ao ver o extrato bancário.
Edison Maltoni, diretor de Fomento ao Comércio e Serviços da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, explica que a parceria entre o Banco do Povo e instituições de incentivo a emprego e renda é uma constante, desde a reengenharia do órgão, ocorrida pela Prefeitura em 2013. “Com isso, conseguimos dispor de boas oportunidade como, por exemplo, a realização desse curso, oferecido gratuitamente e com boa procura.”
Vida nova
Atenta à aula, Cleuzeli Luzia Setti Zanin não economizava na empolgação ao falar da oportunidade. “Estou achando ótimo. A gente aprende muita coisa boa e troca com as outras pessoas.” A microempreendedora, garante, mantém uma relação de proximidade e aprendizado junto ao Banco do Povo de Jundiaí.
Com o apoio do marido, José, começou a fazer doces para fora. O empreendimento começou a render. Foi quando Cleuzeli deixou as faxinas a fundo perdido e resolveu apostar ainda mais em seu novo ativo.
“Tomei um empréstimo de R$ 3,5 mil no Banco do Povo e investi tudo em mercadorias. Faço as coisas na minha cozinha mesmo, e já penso num novo empréstimo para investir em um freezer e outras instalações”, adianta.
De fato, ela tem bons motivos para apostar no otimismo. Começou vendendo trufa em cone nos semáforos da cidade. Por vergonha, deixava de oferecer os doces e confeitos a padarias e lojas especializadas. Hoje, cinco anos depois, vende para 16 pontos fixos.
Tem no carro-chefe os bolos e pudins. Chega a vender até 30 bolos por mês e até 100 peças das mais variadas guloseimas às terças e quintas, “os melhores dias para vender”.
“Graças à oportunidade que o Banco do Povo me deu, pude aprender mais sobre matemática na hora de devolver o troco aos meus clientes, e também desenvolvi minha escrita, anotando nomes e receitas”, conta, lembrando-se que, para ajudar o pai desde cedo, não conseguiu estudar.
Conhecida no calçadão do Centro como a “senhora do doce”, Cleuzeli encara os novos desafios de cabeça erguida. Com o esforço dela, deixa a vida das pessoas mais doce. Assim, extrai da vida uma conta sempre positiva.
Thiago Secco
Foto: Fotógrafos PJ
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