Mais de 500 pessoas vão ao encerramento da Virada Negra
Publicada em 20/11/2014 às 21:57As surpresas do grupo de dança Ruad e da cantora africana Fanta Konatê marcaram o encerramento da Virada Negra, organizada pela Prefeitura de Jundiaí, para mais de 500 pessoas no Teatro Polytheama, nesta quinta-feira (20). A primeira marcou a estreia nos palcos reunindo dançarinos de diversas academias da cidade e a segunda trouxe um leve sotaque francês com uma banda com destaque na percussão.
“Esse evento é um efeito da criação da Coordenadoria de Promoção de Políticas de Igualdade Racial (Ceppir), que criamos ano passado para aprofundar o debate sobre essa questão. E a Virada no segundo ano atinge esses objetivos, inclusive inspirando outros governos para esse tipo de evento”, afirma o prefeito Pedro Bigardi.
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O grupo de dança Ruad (Raças Unidas no Amor à Dança), que esteve no palco por dez minutos, tirou o fôlego do público com coreografia intensa. Foi criado por Jéssica Carolina Oliveira a partir da experiência anterior no Instituto de Orientação Artística e reuniu colegas da Escola de Educação Física (ESEF) que também possuem passagens por outras academias de dança.
“Foi emocionante participarmos dessa data”, afirmou Jéssica, apresentada como primeira dançarina negra da cidade pelo assessor das coordenadorias, Vanderlei Victorino.
Participam ainda do grupo Julia Falcade, Giovana Falcade, Isbela Caroline Santana Pinheiro, João Rodrigo de Almeida, Luciene Renata Lemos da Silva, Raiza Grazielli dos Santos Antonios e Marcos Stefanin (assistente geral).
Intercâmbio
A cantora Fanta Konatê, nascida na República da Guiné Conakry, chegou ao palco para o encerramento da Virada Negra com a banda de músicos do Instituto África Viva em uma série de canções oscilando entre o suave e o dançante da percussão, onde mostrou também seu lado de bailarina.
“De onde venho, a música faz parte da vida, no som do pilão, no barulho das palavras, em tudo”, comentou, durante contato com o prefeito Pedro Bigardi e a primeira-dama Margarete Geraldo Bigardi.
Ela contou ser filha de um mestre da arte tradicional dos “griôs” da arte malinke das savanas da Guiné, de onde surgiram também os djembês (instrumento percussivo). Desenvolve trabalhos no Brasil há dez anos, dentro do intercâmbio cultural entre os países.
“Conheci esse trabalho há algum tempo, inicialmente pela TV Cultura. Foi uma grande oportunidade trazê-los a Jundiaí”, afirmou Valéria Fonseca, coordenadora da Ceppir.
José Arnaldo de Oliveira
Fotos: Dorival Pinheiro Filho
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