Ponte Torta ‘invade’ a avenida Nove de Julho
Publicada em 26/11/2014 às 16:55Nesta sexta-feira (28), a carreta itinerante do projeto Ações de Conservação e Zeladoria da Ponte Torta ficará estacionada na praça da esquina das avenidas Nove de Julho e Prefeito Luiz Latorre, ao lado do Jardim Morumbi. Entre 14h e 17h, os moradores podem conhecer mais sobre as técnicas usadas nesse monumento do século 19 e também gravar depoimentos sobre a sua relação ou de seus familiares com a antiga ponte.
Desta vez, a novidade vai ser um atendimento especial para estudantes, a partir das 10h. Serão duas turmas de sexta série do Centro de Atividades do Serviço Social da Indústria (SESI) que desenvolveram um conteúdo sobre patrimônios histórico-culturais e importância da preservação.
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“Essa atividade com as crianças, em contraste com os depoimentos de adultos e veteranos, mostra que a Ponte Torta é também algo entre as diversas gerações”, explica a secretária Daniela da Camara Sutti, do Planejamento e Meio Ambiente.
De acordo com a professora Nivea Massaretto Verges, o trabalho com o tema teve atividade extraclasse na área central de Jundiaí. “Foi interessante notar que no início das aulas sobre patrimônio, o primeiro local que os alunos citaram foi exatamente a Ponte Torta. Por isso, acredito que esse projeto é maravilhoso para que os alunos se sintam parte e responsáveis”, afirma.
Um novo olhar
De acordo com Flávio Sutelo, do Estúdio Sarasá, a participação dos alunos é importante ao mostrar que o projeto em andamento pode contribuir para o processo de aprendizagem e educação acerca do patrimônio histórico cultural de Jundiaí e no sentido da preservação da memória.
“A atividade de entendimento da constituição da Ponte, da arquitetura em arco, tem o fito de desenvolver, de forma lúdica, a percepção da técnica e do saber fazer. Com isso, será possível compreender o significado da ponte desde o princípio e a solidez hoje”, explica, em relação ao uso de tijolos lúdicos nesta sexta-feira (28).
A proposta do projeto é fazer com que cada pessoa seja um “tijolo” no sentido da construção do sentimento de zelo e, com isso, todos perpetuarão o valor da Ponte Torta a outras gerações.
“Felizmente, estamos vendo esse interesse bastante presente na comunidade. Soubemos de projetos de educação patrimonial implementados na rede pública, como na Emeb Rotary Club, ou na rede privada, como no Colégio Paulo Freire. E quase todo mundo tem algo a dizer sobre a Ponte Torta”, comenta Daniela Colagrossi, da Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente.
Outras atividades especiais para grupos e estudantes a partir das 10h podem ser marcadas em dcolagrossi@jundiai.sp.gov.br ou pelos telefones 4589-8556/4589-8557.
Fatec, Unip e Biblioteca
Em dezembro, a carreta itinerante vai chegar a novos pontos da cidade. Em todos haverá gravação de depoimentos, mas os temas das oficinas variam a cada semana.
Na sexta (5), das 14h às 17h, vai estar no Complexo Fepasa, onde também funcionam os cursos da Fatec Jundiaí e o Museu da Companhia Paulista, tendo entre os temas o controle de pragas e a biodeterioração.
No sábado (13), das 9h às 12h, vai para o estacionamento da Universidade Paulista (Unip) com foco nos estudantes de restauro do curso de arquitetura, mas aberto a todos os interessados. O tema vai ser a documentação e o imageamento do patrimônio.
E na sexta (19), das 14h às 17h, a carreta estará no estacionamento do Complexo Argos, ao lado da Biblioteca Pública, com o tema das técnicas de conservação e restauro.
José Arnaldo de Oliveira
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