Prefeitura de Jundiaí

Vacina contra coqueluche para grávidas está disponível

Publicada em 11/11/2014 às 17:40

Grávidas a partir da 27ª semana de gestação já podem se vacinar contra coqueluche na rede municipal de saúde. A vacina dTpa foi incluída no calendário de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) e desde o início deste mês está disponível em todas as unidades básicas de saúde (UBSs) da cidade. A vacina também protege grávidas e fetos contra difteria e tétano.

A coqueluche apresenta um alto índice de letalidade, principalmente em crianças com até 2 meses de vida. Em Jundiaí, não foi registrado nenhum óbito pela doença neste ano, mas no Brasil o número de mortes aumentou nos últimos anos. Em 2013, foram registrados 109 óbitos no País devido à doença. No Estado de São Paulo, no ano passado foram 52 vítimas e neste ano, até maio, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde, foram registrados 14.

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De acordo com a Vigilância Epidemiológica, a inclusão da dTpa no esquema de vacinação de gestantes visa tanto imunizá-las contra a doença quanto o bebê nos primeiros meses de vida, reduzindo o número de casos e de mortes de recém-nascidos causadas por essas doenças.

“O objetivo da introdução da vacina dTpa é induzir a produção de anticorpos contra a coqueluche na gestante, possibilitando a transferência deles para o feto. O resultado é a proteção do recém-nascido nos primeiros meses de vida, até que se complete o esquema vacinal contra a coqueluche”, explica a enfermeira Maria do Carmo Possidente, da Vigilância Epidemiológica.

Doença
A coqueluche é uma doença infectocontagiosa aguda do trato respiratório causada pela bactéria Bordetella pertussis. A doença é altamente contagiosa e pode acometer pessoas de qualquer faixa etária. Entretanto, os mais afetados pela doença são lactentes (bebês com 28 dias até 2 anos de idade) e crianças menores, que tendem a apresentar quadros com maior gravidade e complicações.

Houve aumento importante na ocorrência de casos de coqueluche no Brasil e no mundo nos últimos 3 anos. Entre adolescentes e adultos, a doença manifesta-se de forma branda e inespecífica na maioria das vezes, com apenas tosse. Muitos pacientes dessa faixa etária não procuram atendimento médico. Quando procuram, muitos já apresentavam sintomas há semanas.

Em muitas partes do mundo, médicos em geral não suspeitam de coqueluche entre adolescentes e adultos, o que atrasa o diagnóstico. Esses grupos etários perpetuam a circulação da B. pertussis na comunidade e são fontes de infecção para crianças não vacinadas.

O grupo etário dos menores de 1 ano de idade é o principal acometido pela coqueluche. Nesse grupo, destacam-se os menores de 6 meses. A vacina contra coqueluche é aplicada aos 2, 4 e 6 meses, na vacina pentavalente, que protege também contra o tétano, difteria, hepatite B e hemofilus. No entanto, a criança só fica adequadamente protegida após a terceira dose da vacina, que ocorre aos 6 meses de idade.

Niza Souza
Foto: Arquivo

Assista à reportagem da TVE Jundiaí