Comunidade deve entender patrimônio, dizem historiadores
Publicada em 30/01/2015 às 22:42A equipe do Museu Histórico e Cultural de Jundiaí defendeu nesta sexta-feira (30), em palestra do projeto Ponte Torta, que o trabalho em torno do patrimônio público e histórico ultrapasse as fronteiras do elitismo para buscar a releitura do cotidiano. A palestra foi parte das Ações de Zeladoria e Conservação da Ponte Torta, coordenado pela Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente e pelo Estúdio Sarasá.
“Podemos notar isso ao vermos quantos patrimônios materiais são reconhecidos e ainda como são poucos os patrimônios imateriais. Em Jundiaí, temos apenas a romaria e mesmo no Brasil foram difíceis os passos para reconhecerem o primeiro terreiro”, explicou o diretor do Museu, Jean Camoleze.
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Outro historiador da equipe, Alexandre Oliveira, usou o trabalho com fotografias para mostrar que as imagens ocupam duas realidades, uma no suporte usado como lâmina de vidro, papel fotográfico ou registro digital, e outra no referente usado pelo produtor da imagem. Mostrando várias reportagens feitas em Jundiaí, inclusive na revista Manchete, apontou para a presença das fábricas da Vila Arens como destaque da modernidade industrial da cidade. “Hoje talvez o bairro não teria o mesmo papel”, reforçou.
Ele também mostrou o resultado de pesquisas desenvolvidas no próprio museu em que a revista Sultana, de 1928, lamentava que Jundiaí tivesse perdido literalmente o “bonde da história” ao fracassar na tentativa de manter uma linha de bondes sobre a Ponte Torta construída pelo pedreiro italiano Paschoal Scolatto, entre 1886 e 1888, e que durou apenas de 1893 a 1896.
“E o Diário de Jundiaí, em 1971, anunciava a demolição da ponte com apoio do Governo Estadual e recursos da Caixa. Seu valor foi construído pela comunidade, diante de muitas pressões para ser destruída. Como diz Eduardo Pereira, foi a primeira obra de infraestrutura construída no Brasil com a técnica do tijolo”, comentou. Antes, era a taipa de pilão.
Objetos
A educadora Creusa Claudino interagiu com os participantes em um jogo de questões sobre objetos soltos sobre as mesas como um banco indígena, um berimbau, um ferro de passar roupa a carvão e um formão.
“Esse formão, por exemplo, indica em muitos casos a idade de um trabalho de carpintaria encontrado em diversas construções. Foi uma boa iniciativa e coincide com o conceito de zeladoria”, comentou o especialista Toninho Sarasá.
José Arnaldo de Oliveira
Foto: Dorival Pinheiro Filho 
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