Ponte Torta prepara novos eventos para depois do Carnaval
Publicada em 13/02/2015 às 20:09Algo que deve ser usado nos próximos eventos do projeto Ponte Torta é que uma forma de entender um assunto como patrimônio coletivo é começar a partir de si mesmo. Essa foi a mensagem principal da professora de origem portuguesa Maria da Graça Ramos dos Santos, que destaca a importância do uso da árvore genealógica, principalmente na educação. E também de como isso pode ser divertido.
Essa abordagem pode ser aproveitada nos próximos eventos do projeto, que realiza um diálogo com o Conselho Municipal do Patrimônio Artístico e Cultural (Compac), no dia 20 de fevereiro, às 14h, no auditório da Biblioteca Municipal, e também uma caminhada com roteiro histórico em detalhamento para o dia 27 de fevereiro.
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“Além desses encontros, retornaremos depois do Carnaval com novas datas para que moradores possam visitar os trabalhos de conservação no próprio monumento”, comenta a secretária de Planejamento e Meio Ambiente, Daniela da Camara Sutti.
O que é
A árvore genealógica, na visão de Maria da Graça, é um método para levar estudantes a buscarem mais sobre si mesmos. Entrevistando os pais, podem perguntar coisas como nome completo, profissão, onde nasceram, que hábitos familiares preservaram, onde estudaram e que cursos fizeram, como se conheceram, curiosidades sobre a infância e adolescência. Mas, principalmente, pesquisas sobre vestuário de época, acessórios, costumes, reunião de fotos para ilustrar o trabalho, recortes de jornais ou revistas, cartas, cartões postais, cadernetas escolares e outros.
O mesmo depois é feito com pais, tios e avós sobre ancestrais. Os mesmos dados levantados para os avós maternos e paternos e, se possível, também sobre os oito bisavós. Muitas pessoas não sabem que foram os imigrantes, por exemplo, que trouxeram o hábito de fazer pães e massas com farinha de trigo (antes, eram usadas as farinhas de milho ou mandioca, herdadas dos povos indígenas).
“Uma das coisas interessantes nisso tudo é o volume de curiosidades que surgem. Mesmo hoje, quem de nós ainda sabe o que é usar gumex, andar de carrinho de rolimã, quem foi Phantomas na televisão, do leite em garrafa de vidro, tocou em fanfarra ou criou distintivo de polícia com tampinha de guaraná?”, indagou Maria da Graça na palestra realizada em 6 de fevereiro.
Um dos casos que podem inspirar atividades educativas é o uso de um suporte de papel ou papelão para fotos, onde são anotados os nomes dos participantes que ainda estão na memória dos veteranos. “Talvez possamos usar essa ideia na caminhada do dia 27. Vamos estudar”, comentou Toninho Sarasá, coordenador do projeto que convidou a professora para a palestra.
As observações reforçam alguns movimentos já existentes na cidade. Para Maurício Ferreira, do Sebo Jundiaí, que reuniu mais de 8 mil fotografias de moradores da cidade, as redes sociais hoje permitem que as pessoas ajudem nos esforços de identificação de imagens com poucas referências. E a equipe do Museu Histórico e Cultural, do diretor Jean Camoleze, testa pequenos painéis com fotos antigas levados para lugares históricos da cidade que passaram por transformações (no caso da Ponte Torta, um mirante próximo deverá ser alvo de uma seleção de propostas).
Na próxima sexta-feira (20), a convidada para o ciclo de zeladoria do projeto será a presidente do Compac e diretora do Museu da Companhia Paulista, Maria Angélica Ribeiro.
José Arnaldo de Oliveira
Fotos: Fotógrafos PJ
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