Moradores pedem bom senso no crescimento em Jundiaí
Publicada em 10/04/2015 às 16:40A 11ª oficina territorial do Plano Diretor Participativo, realizada nessa quinta-feira (9) no bairro do Traviú, foi marcada pelo anseio de mais ordem no controle de crescimento da cidade. Os problemas e qualidades da cidade, já conhecidos ao longo desses encontros de sensibilização, ganharam forte destaque para a agricultura e para a área rural.
“Era esperado um destaque maior dessas questões, pelas características dessa região da cidade. Estamos terminando essa etapa de oficinas, que agora reforçam o trabalho técnico ao lado da leitura comunitária realizada no ano passado, com um sentimento positivo pela participação qualificada dos moradores”, afirma a secretária de Planejamento e Meio Ambiente, Daniela da Camara Sutti.
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Em vez do crescimento desordenado de prédios, como em algumas oficinas, o fenômeno apontado como alvo de atenção foi o risco também desordenado por falta de orientação de loteamentos irregulares e condomínios horizontais. Um dos casos citados foi no bairro do Corrupira.
As indefinições de zoneamento e uso do solo estiveram entre os problemas apontados, ao lado de alternativas de saneamento rural, falta de um sistema específico de segurança nessas áreas e questões mais gerais da cidade como a mobilidade individual ou coletiva e o acesso aos serviços de saúde.
Nos pontos positivos que precisam ser reforçados estiveram a proteção ambiental (com Serra, parques e áreas verdes), a qualidade de vida, os ecopontos de coleta de resíduos sólidos (ainda restritos), a produção rural (ainda presente nos “quatro cantos” da cidade), as oportunidades de emprego e os cuidados com a água.
Para o secretário de Agricultura, Abastecimento e Turismo, Marcos Brunholi, a reunião destacou o papel da área rural tanto na produção de água quanto de alimentos, cenários, de cultura, de turismo e de natureza. “São serviços ambientais prestados à comunidade e estamos buscando meios de valorizar isso. Neste mesmo local vamos fazer na manhã do dia 9 de maio a entrega simbólica dos recursos de subsídio que vão pagar metade do custo do seguro para os produtores de uva Niagara do município, uma política inédita criada pelo prefeito Pedro Bigardi”, destacou.
Na dinâmica de expectativa para os próximos dez anos, a oficina colocou questões como Jundiahy completa 370 anos com modernidade e tradição até uma repetição do anseio de Jundiaí é a cidade com melhor qualidade de vida do mundo vista em encontros anteriores.
Para Daniela, o saldo dos encontros é um alerta para toda a cidade. “O que vemos é que vivemos um momento de consolidação de avanços históricos de Jundiaí e também de ajustes importantes para não termos uma regressão diante do crescimento causado pela atração criada pelas qualidades da cidade. Temos que integrar melhor o uso da nossa cidade”, afirmou.
No saldo das oficinas de sensibilização, questões como a centralidade dos bairros (conceito que valoriza a presença de serviços públicos e privados acessíveis pela caminhada, por exemplo) ou a proteção ambiental (que envolve tanto o principal patrimônio da cidade, a Serra do Japi, como as zonas rurais e de mananciais de água ao lado de parques e outras áreas verdes) foram fortalecidos.
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Quem não participou das oficinas presenciais tem ainda a alternativa online para se manifestar sobre a Jundiaí que queremos e também sugestões para o novo Plano Diretor.
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Em maio, será realizado o 1º Fórum do Plano Diretor Participativo para que os trabalhos técnicos da Prefeitura, sobre as sugestões surgidas na leitura comunitária de 2014 e nas oficinas territoriais de 2015, sejam apresentadas para a população. Vai ser realizado em um sábado e a data e local serão definidos no dia 22 de abril em reunião do Grupo Gestor, que conta com 40% de representantes do setor público e 60% de representantes da sociedade civil.
José Arnaldo de Oliveira
Fotos: Dorival Pinheiro Filho
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