Conheça mais sobre o projeto Urbanismo Caminhável
Publicada em 08/05/2015 às 18:06 Apesar de parecer lógico que uma cidade seja voltada para as pessoas, atualmente a maioria absoluta da infraestrutura é criada para a demanda dos automóveis. Dados da Associação Nacional de Transporte Público (ANTP) citados na reunião indicam que 60% dos trajetos dos brasileiros são feitos a pé e somente 28% em carros, mas a percepção geral não coincide com isso.O conceito de urbanismo caminhável é uma metodologia voltada para a revitalização do espaço público com o teste de pequenas intervenções geradas de forma colaborativa, para criar eixos que possam ser aplicados a outros bairros da cidade. As atividades são abertas.
Índices de caminhabilidade
O IC (Índice de Caminhabilidade) que será usado no projeto significa um trabalho técnico unindo três análises diferentes.
- A primeira é a “walkability”, a própria caminhabilidade, percebida pela população em uma escala que atenda tanto quem gosta de caminhos mais tranquilos quanto aqueles que buscam caminhos mistos.
- A segunda é o “walkscore”, traduzido pelo número de serviços como equipamentos esportivos ou culturais acessíveis a curta distância da moradia e um método usado até no setor imobiliário.
- E a terceira é o “levantamento técnico de mobilidade e acessibilidade”, com medição de ruídos, largura de faixas de pedestre, áreas de fruição e permanência, tempo adequado de semáforos e outros. Algumas medições serão feitas 24 horas por dia em todos os dias da semana.
Os roteiros iniciais
O aprendizado dessa medição está previsto inicialmente ao longo de três trajetos, que ainda podem receber ajustes , mas buscam mesclar áreas mais comerciais, ainda residenciais e com perspectivas de mudanças.
- O primeiro segue da base rumo ao Escadão (com projeto de acessibilidade), retorna pela rua Vigário João José Rodrigues até a praça Ruy Barbosa antes de seguir para a região do Velório, passando pela área da praça dos Andradas.
- O segundo trajeto segue da base pelo calçadão para passar por referências como o Teatro Polytheama e seguindo para a Ponte Torta (com projeto de mirante) e passando pela rua Torta até a região da escadaria da rua Marcílio Dias.
- O terceiro trajeto segue da base rumo ao fluxo cotidiano entre a praça da Bandeira, com o Terminal Central, e a acesso à parte alta com foco nas galerias comerciais de passagem pedestre rumo ao fluxo no sentido da região da rua Dr. Torres Neves.
Oficina de Cidade
Também chamado de laboratório de prototipagem, vai funcionar a partir da próxima semana em um contêiner-oficina no Largo da Matriz, que vai abrigar tanto uma base de contato para pesquisas com a população como uma área de oficinas, como de marcenaria, para workshops e trabalhos de desenvolvimento de mobiliário urbano para as propostas que surgirem ao longo do processo de pesquisa.
Testes
O diagnóstico feito ao longo dos trajetos previstos (e outros) vai gerar questões específicas que podem ter soluções experimentadas de maneira provisória e participativa. Um exemplo é um ajuste para alargamento de calçadas sendo feito por cones ou uma busca de mais conforto térmico com árvores em vasos, e assim por diante. O rumo de soluções técnicas, mesmo que surgidas dos diagnósticos, também sempre será definido também por medições técnicas e participativas.
Workshops
As oficinas de trabalho serão realizadas e ampliadas a partir de novas adesões e parcerias. Alguns coletivos confirmados são Cartograffiti, Arte Fora do Museu, Rios e Ruas, Wiki Praça, Acupuntura Urbana e a artista Red Ocara. Novos eventos e aulas públicas, podem ser propostos ao longo do projeto.
Parklets
O projeto prevê a possibilidade de testes com dois “parklets”, tipo de mini-praça que usa apenas duas vagas de estacionamento de veículos como espaço público, podendo depois ser criado conforme regras por iniciativa privada ou comunitária. Os dados são de que onde param 40 carros por dia passam 400 pedestres, aumentando o fluxo de pessoas com benefícios inclusive comerciais para a rua. O foco é a cidadania, com espaço de descanso.
Cronograma
O cronograma estará disponível na Oficina da Cidade (base) e também em link do projeto que está sendo criado no portal da Prefeitura de Jundiaí. As primeiras atividades serão o lançamento na sexta-feira (15) às 17h30, seguindo depois com a Sexta no Centro, e uma caminhada prevista para o sábado (16) a partir das 9h, na base.
José Arnaldo de Oliveira
Fotos: Paulo Grégio
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