Trançando Arte: com as tranças, a vida de Juliana prospera
Publicada em 08/06/2015 às 18:24Cabelos, cortes e penteados contribuem para que algumas culturas sejam conhecidas. O Trançando Arte Brasil – 6º Encontro Nacional de Trançadeiras, marcado para este domingo (14) e organizado pela Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para a Promoção da Igualdade Racial (Cepppir), em parceria com a Secretaria de Cultura, tem o intuito de preservar as memórias da cultura africana. E é isso o que a trançadeira Juliana Vaz Gonçalves, de 32 anos também deseja.
Motivada pelo marido João Batista Braga a trançar cabelos, hoje ela é uma das idealizadoras do 6º Encontro Nacional de Trançadeiras. Há 11 anos, ela participou de um curso para aprender a fazer tranças, pois admirava a cultura afro brasileira e a importância de preservá-la. Começou a trabalhar em casa, mas tinha medo de que não desse certo. “Colocava um preço baixo e, por não ser negra, havia uma indecisão vinda dos clientes. Isso me deixava com receio de investir.”
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No entanto, com apoio do marido, o casal abriu o primeiro salão. Prosperaram, e em 2008, veio o segundo. Em 2013, o casal conquistou o terceiro ponto.
O trabalho deu tão certo, que passou a ser reconhecido e, com isso, Juliana decidiu, ao lado do esposo, criar um evento voltado para a valorização da cultura negra. Em pesquisas na internet, conheceu o Trançando Ideias, evento que acontecia no Rio de Janeiro. A proposta pareceu tão bacana, que o casal apostou na ideia em Jundiaí.
O evento foi realizado por três edições e reuniu diversas trançadeiras. Entretanto, deixou de ocorrer por um período de dois anos. Quando retornou, com Jundiaí como sede, ganhou força. Cerca de 120 trançadeiras estavam presentes na edição do Trançando Arte Brasil, em 2014. “Um evento como esse é importante para a cidade, para que conheçam outras culturas. Essa troca de experiência é muito valiosa.”
A cada ano, o público cresce e o sonho de Juliana se concretiza. Ela recebe as trançadeiras no evento e é uma das organizadoras dos desfiles. “As tranças não são apenas penteados, são histórias contadas. Fico Lisonjeada sendo uma guardiã da cultura africana”, disse emocionada.
A coordenadora da Cepppir, Valéria Fonseca, comentou a importância do Trançando Arte Brasil. “Esse intercâmbio de ideias entre os movimentos negros do país e promover o turismo étnico-cultural em Jundiaí.”
Serviço
O Trançando Arte Brasil – 6º Encontro Nacional de Trançadeiras acontece no próximo domingo (14), a partir das 13h, no Parque Comendador Antônio Carbonari (Parque da Uva), que fica na avenida Jundiaí, sem número. A entrada é gratuita.
Assessoria de Imprensa
Foto: Alessandro Rosman
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