Cerest encerra projeto ‘Saúde do Professor’, no Gandra
Publicada em 25/06/2015 às 12:02O Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), ligado à diretoria de Vigilância em Saúde, da Secretaria de Saúde, encerrou, na terça-feira (23), os trabalhos do projeto “Saúde do Professor”, executado na Escola Estadual Dr. Antenor Soares Gandra, no Centro.
Coordenado pela fonoaudióloga do Cerest, Mariana Freire Oliveira Martin da Silva, e iniciado em abril, o projeto reuniu 13 professores em várias sessões, durante o horário reservado à Aula de Trabalho Pedagógico Coletivo (ATPC), instrumento que tem dentre os seus objetivos, a busca do fortalecimento da unidade escolar como instância privilegiada do aperfeiçoamento de seu projeto pedagógico.
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Para o gerente do Cerest, Jesus dos Santos, esse trabalho se configura em mais um benefício levado aos trabalhadores (professores), para o combate aos riscos de agravos à saúde.
“Esse trabalho vem sendo desenvolvido desde dezembro de 2010 e já passou por cinco escolas, com o mesmo conteúdo programático. Mas a partir da Escola Dr. Antenor Soares Gandra constatamos a necessidade de incluir o estresse no debate”, disse o gerente.
A diretora da escola, Fabrícia Melo, afirmou que todos os participantes aprovaram o trabalho feito durante projeto. “Esta foi a primeira vez que eles puderam receber informações sobre a correta utilização da voz, além de ter a oportunidade do debate sobre as condições da função”, disse Fabrícia.
A fonoaudióloga Mariana Freire explicou que estudos comprovam um grande número de professores acometidos por problemas vocais e, recentemente, acrescidos por consequências do estresse pelo trabalho. “O alto nível de ruído no ambiente escolar, somado às características peculiares de cada edificação, piora as condições para a execução do trabalho do professor e se acumula a alta demanda vocal já inerente à profissão. E isso provoca o surgimento de agravo da saúde vocal”, explicou.
Mariana ainda explicou que recentes pesquisas e publicações na área de saúde mental apontam um aumento na incidência de adoecimentos psíquicos entre os educadores. “Questões como salas de aula superlotadas, estudantes com forte grau de agressividade ou que apresentam falta de limites e comportamento desafiador, tudo isso contribui para os agravos à saúde mental dos professores, o que se comprova por pesquisas e publicações científicas recentes”, completou a fonoaudióloga.
As questões debatidas sobre o tema de estresse, incluídas a partir da Escola Dr. Antenor Soares Gandra, foram conduzidas pela assistente social do Cerest, Denise Brunheroto. “No Cerest, já estamos tratando desse tema junto às categorias dos bancários e profissionais da saúde. E, constatando que os professores também se enquadram nesse agravo à saúde, iniciamos o debate, que, por certo, vai nortear nossas novas ações”, comentou.
Perfil
Dentre os números apresentados pelo projeto Saúde do Professor no Gandra, os referentes ao perfil vocal e auditivo se destacam. 70% dos professores classificam o barulho de sua escola como alto e 80% indicam que o barulho mais intenso é no pátio da escola.
Em relação à voz, também 70% frequentemente fazem esforço ao falarem, 50% apresentam rouquidão e 40% alegam que se cansam quando falam e apresentam falhas na voz.
Outro destaque são os sinais e sintomas associados que os professores apresentam. 60% têm zumbido, tonturas e má digestão, 50%, azia e 40%, gastrite.
Resultados
Pelo projeto, os professores aprenderam sobre a necessidade da hidratação do organismo. As orientações ficaram por conta do uso de garrafinhas individuais de água em temperatura ambiente e nunca gelada, ainda que nos dias ou noites mais quentes.
Dentre as outras orientações, destacaram-se a necessidade de repouso vocal, entre os intervalos e a utilização de alguns minutos do ATPC para relaxamento, preparação emocional para as atividades de trabalho, gargarejos com água morna e um pouco de sal.
Pelo projeto, os professores também aprenderam a fazer exercícios de relaxamento para o pescoço e região cervical, além de orientações sobre vibrações de lábios e língua, durante o banho de chuveiro, vez que a temperatura da água e a ressonância contribuem para melhor percepção vocal.
Assessoria de Imprensa
Fotos: Cleber de Almeida
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