Prefeito deseja boa sorte a atletas dos Jogos Olímpicos Especiais
Publicada em 14/07/2015 às 16:33O sentimento estampado no semblante de cada atleta, técnico e incentivadores contagia pela alegria, determinação e expectativa pela adrenalina do desafio vencido. O resultado em terras distantes motiva, mas a árdua trajetória para fazer parte do grupo que vai estar na Special Olympics (Jogos Mundiais Olímpicos Especiais), em Los Angeles, nos Estados Unidos, já é uma vitória. E esse entusiasmo dos atletas de Jundiaí que vão defender o Brasil ficou ainda mais evidente com os votos de boa sorte do prefeito Pedro Bigardi durante a visita na manhã nesta terça-feira (14).
“É um exemplo extraordinário para todos nós. São pessoas vencedoras, que representarão com dedicação e amor o nome do Brasil e de Jundiaí. É uma experiência única de inclusão”, diz o prefeito.
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O secretário de Esportes e Lazer, Cristiano Lopes, também se despediu da equipe jundiaiense com votos de boa sorte e ressaltou a importância da competição. “É uma experiência sem limites em que estes atletas vão disputar competições de alto rendimento, além de interagir com novas culturas e atletas do mundo inteiro”, comenta.
A Special Olympics envolve 7 mil atletas com deficiência intelectual de 180 países filiados. O segundo maior evento esportivo do Planeta (só fica atrás das Olimpíadas) está marcado de 25 de julho a 2 de agosto.
A delegação brasileira, que terá todos os custos bancados pelo Ministério dos Esportes, embarca com 53 pessoas. Os atletas são dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, que participaram de uma espécie de eliminatórias ao longo dos últimos quatro anos. “Não é fácil chegar à Special Olympics. Além de competirem, os classificados são sorteados”, explica Tereza Leitão, coordenadora geral da modalidade de tênis no evento.
Os atletas de Jundiaí que vão a Los Angeles são Ruy Carneiro, acompanhado por Dalva Pompermaier; Ana Paula Loro, que disputa a bocha sob orientação do técnico Carlos Magno Pezzatto e Gustavo Padovani participa da natação. Ele viaja com a técnica Eliane Martho.
Os representantes de Jundiaí encontraram o caminho do esporte e ganharam gosto pelas competições por meio do trabalho desenvolvido pelo Programa de Esportes e Atividades Motoras Adaptadas (Peama). “É um evento em que a filosofia se aproxima de competições como os Jogos Olímpicos. Isso nos deixa orgulhosos, já que nosso projeto é voltado à esta filosofia também”, diz a diretora do Peama, Denise Silva Neves.
E Denise tem razão. Os Jogos Mundiais Olímpicos Especiais nasceram em 1968, em Chicago, nos EUA, depois que a professora de educação física Anne McGlone Burke idealizou uma competição esportiva pontual para pessoas com deficiência intelectual. O evento seria dos moldes dos Jogos Olímpicos. A partir disso, à Special Olympics só cresceu.
Para se ter uma ideia, a Special Olympics é única competição autorizada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) autorizada a usar olimpíadas em sua designação. A entidade não tem fins lucrativos e defende ao mundo o lema “Posso vencer, mas se não conseguir, que tenha coragem de tentar.” É justamente com este lema que os jundiaienses estão prontos para embarcar.
“É minha primeira viagem aos Estados Unidos. Estou muito contente para disputar os jogos e vou trazer a medalha de ouro”, aposta a atleta da bocha, Ana Paula Loro.
Ivan Lopes
Fotos: Alessandro Rosman
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