Praça Rui Barbosa revela muita vida e histórias
Publicada em 03/08/2015 às 15:46Um estudo do espaço público foi o tema de oficina do projeto Urbanismo Caminhável nessa sexta-feira (31), que desta vez levou a atividade à praça Rui Barbosa. Geralmente realizada antes da proposta de intervenções como de mobiliário urbano, é realizada tanto com a observação técnica como com a interação com pessoas no local e acabou mostrando um lugar mais vivo do que parece à primeira vista.
Entre as ruas Barão de Jundiaí, Rosário, Cândido Rodrigues e Anthero Santos, a praça formava com estas o antigo Largo do Pelourinho, no século 17, e abrigou muitas histórias até atualmente sediar o ponto de saída das linhas de ônibus intermunicipais para Várzea Paulista e Campo Limpo Paulista.
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Além do comportamento dos trabalhadores, estudantes ou visitantes que utilizam as filas desse serviço de transporte, a equipe do projeto observou também moradores que utilizam as sombras de árvores da praça para conversas ou que passam pela praça em seus trajetos pelo Centro, muitas vezes de forma rápida e cronometrada em pouco mais de 30 segundos.
Entre os problemas apontados nos contatos diretos estão, principalmente, a falta de bancos e de conforto nos mesmos.
Os fluxos da praça envolvem também duas lanchonetes, um restaurante, pessoas que usam nas imediações o trabalho de alimentação social do Bom Prato e, em menor grau, os serviços do centenário Gabinete de Leitura Ruy Barbosa, patrimônio tombado nesse largo.
A rua do Rosário (antiga Rua dos Antunes) tem esse nome por causa de uma igreja que marcava o fim dessa rua central e que atendia ao segmento afrobrasileiro, incluindo possivelmente os sepultamentos. Depois de transferida em 1922 para a praça da Bandeira, no Largo Santa Cruz, permitiu a continuação da rua com o nome de Major Sucupira. Da praça também é possível avistar a conexão até a Bela Vista pela rua Marcílio Dias, que, segundo a tradição, terminava ali com um antigo Beco do Pelourinho pelo terreno que depois foi ocupado pelo quartel militar.
Alguns moradores também lembraram de referências mais recentes da praça como o fliperama Le Coq ou o bar Groovy´s, além da abóbada arquitetônica ainda presente e citada por outros como remetendo à antiga loja de ternos Ducal. Também foi observada a presença de comércio de alimentos de rua e uma linha de fachadas no lado da rua Anthero Santos.
José Arnaldo de Oliveira
Fotos: Fotógrafos PMJ
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