Estação Juventude valoriza grafites de jovens jundiaienses
Publicada em 18/11/2015 às 16:00O Estação Juventude (EJ) é um espaço para os jovens até nos detalhes. Além das diversas oficinas oferecidas gratuitamente, suas características estão também nas paredes do Complexo Fepasa, com grafites elaborados pelos participantes do programa.
De acordo com a responsável pela Coordenadoria da Juventude, Narrinam Camargo, o EJ faz parte dos locais da cidade para que a juventude se expresse e se desenvolva. “O Estação é, acima de tudo, um espaço construído para que os jovens se sintam parte daquilo e se sintam empoderados e criativos. Permitir um grafite ou qualquer tipo de intervenção cultural é uma forma de quebrar paradigmas sobre o que entendemos que deva ser um espaço verdadeiramente público”, afirma.
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Matheus Frare, de 15 anos, já tem experiência com grafite e deixou sua marca no local. “Todos que passarem por lá vão ver meu nome, minha arte. O pessoal do EJ reconheceu meu trabalho, e fico feliz por isso, porque muitas pessoas ainda veem essa arte como vandalismo, não como uma coisa bonita”, destacou.
O jovem também elogia o espaço. “É magnífico! Um ótimo lugar, cheio de alegria e perfeito para quem está começando com grafite”, acrescentou.
Outro jovem que também contribuiu foi Gustavo Rodrigues Vanzo, de 19 anos. “Para mim, que sou grafiteiro, ter minha arte em um lugar como o Estação Juventude é muito gratificante, pois abre portas para que diversos tipos de público possam ver”, agradeceu. A figura de leão, desenhado no mini-auditório, é inspirado na cultura rastafári e teve ajuda de Lucas Torres na produção.
Também Diogo Mosca, de 20 anos, contribuiu com seus desenhos no espaço.
Mais valorização
Além do Estação Juventude, Jundiaí é cenário para o diálogo com grafiteiros em outros locais. Nesse sábado (14), como atividade do projeto Urbanismo Caminhável, da Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente, artistas mudaram, com desenhos e cores, a paisagem de dois muros próximos à Ponte Torta.
Nesse caso, a ideia de promover a intervenção surgiu a partir de uma das oficinas promovidas pelo projeto, que trouxe o artista Mauro Neri para apresentar sua experiência paulistana com o projeto Cartograffiti e promover o debate a respeito da arte urbana, feita nas superfícies que a cidade oferece aos seus espectadores.
“Na primeira oficina, caminhamos pelo Centro discutindo a história, os temas e os locais que poderiam receber grafite. Identificamos o muro de um terreno público próximo à Ponte Torta e achamos o local bastante adequado, considerando o valor histórico que esse monumento possui para os moradores de Jundiaí. Como o tema da oficina é a cidade, convidamos os coletivos de grafite de Jundiaí para contribuir com sua arte, contar sua história e expressar suas questões. Aproveitamos as comemorações da Semana do Hip Hop para transformar a oficina em um evento, que contou com grande apoio da Secretaria da Cultura e da Coordenadoria da Juventude”, explica a arquiteta Thaísa Fróes, do projeto Urbanismo Caminhável.
Na opinião da secretária de Planejamento e Meio Ambiente, Daniela da Camara Sutti, a valorização do grafite integrou-se ao projeto e faz parte de uma proposta mais ampla, o Plano de Reabilitação do Centro. “A proposta é promover uma transformação associada com a valorização da história, da paisagem e do convívio entre as pessoas“, resume.
Intervenções em bairros
Já em agosto, o evento Quebrada Viva reuniu vários grafiteiros da cidade e região. Dário Gordon, que participou tanto da ação na avenida Paula Penteado e foi um dos organizadores da atividade no São Camilo, diz que eventos assim, principalmente em comunidades, são um choque cultural para alguns participantes.
“Muitas pessoas nem sabiam que isso existia (o grafite). É um incentivo para quem está vendo. Para mim, o grafite é uma manifestação pessoal. É usada como manifestação cultural ou até política também. Costumo dizer que faço o grafite para mim, mas cada pessoa vê da sua maneira ”, explica.
Outros trabalhos de grafiteiros estão na rua Vigário João José Rodrigues, ao lado das obras em andamento que vão recuperar o Escadão e também na Galeria de Arte Pública G9, na avenida Nove de Julho, criada como uma das unidades do Museu Histórico e Cultural da Secretaria de Cultura, ao lado do Solar do Barão, do Centro de Memória e da Pinacoteca como reconhecimento direto da importância dessas manifestações na vida cultural da cidade.
Assessoria de Imprensa
Fotos: Fotógrafos PMJ
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