Jundiaí sedia encontro regional de agentes de saúde
Publicada em 24/02/2016 às 16:31Mais de 300 agentes comunitários de saúde e de endemias dos municípios da Aglomeração Urbana de Jundiaí (AUJ) participaram, nesta quarta-feira (24), do 3º Encontro Regional de Agentes Comunitários de Saúde. O evento, no anfiteatro da Unip, contou com participação de representantes do Departamento Regional de Saúde de Campinas (DRS-7) e da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), da Secretaria Estadual de Saúde.
O secretário de Saúde de Jundiaí, Luís Carlos Casarin, deu boas-vindas aos participantes de cidades que formam a AUJ, como Itupeva, Louveira, Jarinu, Várzea Paulista, Cabreúva, Campo Limpo Paulista, além de Jundiaí. Ele destacou a importância do trabalho dos agentes comunitários, especialmente nesse momento para o controle e combate do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika vírus e febre chikungunya.
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“Sou um grande defensor da Estratégia e Saúde da Família. O agente é uma figura fundamental. A gente percebe a diferença das regiões onde temos agentes e de onde não temos agentes atuando”, destacou. Casarin lembrou também o momento delicado pelo qual o País passa pela questão das doenças transmitidas pelo Aedes e frisou que a melhor forma de combate é acabar com os criadouros. “Sabemos que 80% dos focos encontrados estão dentro das casas e por isso a atuação dos agentes é fundamental.”
Antes das palestras, o ator Roberto Caruso, de Itatiba, fez uma apresentação descontraída para integrar os participantes e motivar ainda mais o trabalho dos agentes, colocando situações do cotidiano de maneira bem-humorada. “Criei um roteiro específico. A ideia é mostrar o quanto é importante o envolvimento desses profissionais. Eles são inspiradores, têm o poder de inspirar as pessoas de cuidarem do seu bem-estar”, explicou Caruso.
A articuladora da Atenção Básica no Departamento Regional de Saúde de Campinas (DRS-7), da Secretaria Estadual de Saúde, Lígia Bestetti, reforçou a proposta do trabalho em conjunto entre os municípios da região de Jundiaí para o combate e controle do Aedes aegypti. “Não há barreira física para o mosquito. E os agentes comunitários de saúde são elementos importantes nesse processo. Vocês são as pessoas mais próximas da comunidade”, frisou.
Sobre o encontro, que já está na terceira edição, Lígia destacou que esse é um momento de troca de informações entre os agentes e integração dos municípios. “Precisamos ter um novo olhar contra o Aedes, construir uma identidade regional, em que todos juntos desenvolvam ações contra o mosquito.”
A diretora técnica regional da Sucen, Renata Caporalle Mayo, apresentou para os participantes um panorama histórico e atual da situação da dengue e das novas doenças transmitidas pelo Aedes aegypti em São Paulo. Segundo ela, atualmente, dos 645 municípios do Estado, 641 têm a presença do mosquito. Onde não há registro, são regiões mais frias.
Renata também alertou para a adaptação do mosquito às condições climáticas. “Até 2001, por exemplo, a região de Jundiaí não teve casos de dengue registrados, enquanto outras cidades do Estado, em locais mais quentes, já tinham dezenas de casos. Mas a partir de 2007, isso começou a mudar. Em 2015, o Estado teve 650 mil casos de dengue”, disse, ponderando que apesar do aumento de casos, a região de Jundiaí está em uma situação mais confortável em comparação a outras regiões.
Niza Souza
Fotos: Cleber de Almeida
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