Evento comemora 33 anos de tombamento da Serra do Japi
Publicada em 04/03/2016 às 17:57A Prefeitura faz nesta terça-feira (8) a comemoração de 33 anos do tombamento da Serra do Japi como monumento natural do Estado de São Paulo. O evento, organizado pela Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente, está marcado para as 15h no auditório do Paço Municipal com palestras do pesquisador e professor João Vasconcellos Neto, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); e dos diretores do Conselho Estadual de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado (Condephaat), a historiadora Elisabete Mitiko Watanabe e o arquiteto urbanista Elizeu Marcos Franco.
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A data também vai contar com uma atividade da Guarda Municipal sobre a troca de fardamento da Divisão Florestal e com outra parceria da Fundação Serra do Japi e Secretaria de Esporte e Lazer de visitas às trilhas da reserva.
Na abertura do evento do Paço Municipal, às 15h, vai ser feita homenagem os jundiaienses que se mobilizaram pela preservação da Serra do Japi, especialmente na passeata de 31 de julho de 1978. Uma das mais importantes reservas de mata atlântica do Estado de São Paulo, essa área foi alvo de desapropriações na década de 1950 pelo prefeito Vasco Venchiarutti, que lançou o plano de um parque público. Sua proteção surgiu a partir da cota de 900 metros de altitude na primeira versão do Plano Diretor, em 1969, ampliada depois da manifestação popular para 800 metros de altitude na revisão de 1981.
O especialista João Vasconcellos Neto vai falar sobre o papel da Serra do Japi no desenvolvimento da pesquisa de ecologia no Brasil, enquanto os especialistas Elisabete Watanabe e Elizeu Franco vão abordar a proteção como monumento natural a partir de sua experiência com inventários e tombamentos.
O evento é aberto a todos os interessados no 8º andar do Paço Municipal.
Saiba mais
Em 1983, por meio da Resolução 11, o Condephaat estadual declarou o Tombamento da área abrangida pelas serras do Japi, Guaxinduva e Jaguacoara. Em seu artigo 1º, a resolução estabelece:
“Fica tombada a área abrangida pelas serras do Japi, Guaxinduva e Jaguacoara. Importantes acidentes topográficos e geológicos das serranias de Jundiaí, que, a par com o seu grande valor cênico e paisagístico, tem a condição múltipla de banco genético da natureza tropical e de um “castelo de águas” com drenagem radial, comportando-se como área ecológica e hidricamente críticas, dotada de um mosaico de ecossistemas e representativos em termos de flora e fauna; e, região capaz de funcionar como espaço serrano regulador para a manutenção da qualidade de vida de um setor de planaltos interiores de São Paulo, sujeitos a forte urbanização e industrialização. O tombamento se faz sob um critério de alto nível de seletividade espacial, envolvendo a preocupação por uma organização induzida do espaço, suficientemente capaz de conciliar preservação e desenvolvimento.”
O tombamento tornou-se um marco significativo na preservação da Serra do Japi. Devido à sua significância, em 1997, por meio da Lei nº 5.029, foi instituído o “Dia do Tombamento da Serra do Japi”, data de referência para a luta socioambiental.
José Arnaldo de Oliveira
Foto: Arquivo PMJ
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