Jundiaí leva urbanismo caminhável a estudo nacional
Publicada em 23/03/2016 às 16:27O projeto-piloto Urbanismo Caminhável, implementado pela Prefeitura de Jundiaí entre maio e novembro de 2015, levou a cidade a participar, na terça-feira (22), da reunião técnica sobre mobilidade a pé dentro do novo programa Mobilidade Urbana de Baixo Carbono. Também estiveram presentes as cidades de Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Brasília, São Paulo (SP) e Fortaleza (CE), além de colaboradores do Ministério das Cidades, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Organização Mundial da Saúde (OMS).
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Um ponto central do trabalho em andamento é a situação brasileira de inversão da hierarquia da mobilidade ou trânsito, que internacionalmente é de pedestres, ciclistas, transporte coletivo e transporte individual, mas que acabou sendo hegemonizada pelo automóvel, tanto nas ruas como até mesmo em grande parte das calçadas.
Esse movimento, de acordo com os participantes, acabou orientando também a formação dos técnicos públicos e até do senso comum.
“A questão não é ser contra o uso do transporte individual, mas é pelo direito à cidade para todos os moradores. Nossos estudos no projeto-piloto, em parte adotados no debate do Plano Diretor, são uma contribuição com métodos de avaliação de rotas e espaços”, afirma a secretária de Planejamento e Meio Ambiente, Daniela da Camara Sutti.
Para o secretário de Transportes, Wilson Folgozi, esse debate contemporâneo precisa ser apropriado também pela comunidade e por todos os setores envolvidos. “Ao contrário da questão viária do transporte motorizado, o deslocamento do pedestre envolve aspectos espalhados por muito setores como calçadas, arborização, sinalização e outros”, diz.
O evento foi organizado pelo Instituto Energia e Meio Ambiente, dentro de projeto apoiado pelo Fundo Ambiental Global (GEF), que visa também mapear meios de redução de emissões de gases de efeito estufa no setor de transporte brasileiro.
Entre os participantes do evento, a questão envolveu muitos temas diferentes, desde o ajuste de fluxos e temporizadores de semáforos para a passagem de pedestres até a integração mais forte dos modais de transporte coletivo e rotas caminháveis, além dos desafios de qualidade destas diante do espaço físico das cidades já ocupados pelo transporte individual ou pela ausência do respeito à caminhabilidade.
O trabalho é parte do processo de construção de um futuro caderno técnico nacional sobre o tema, voltado para gestores e lideranças no campo da mobilidade urbana. Um dos princípios básicos é que o caminhar é a base do direito universal de ir e vir, estando também conectado com o conceito da acessibilidade.
José Arnaldo de Oliveira
Fotos: Fotógrafos PMJ
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