Zoonoses alerta para cuidados preventivos com a Febre Maculosa
Publicada em 16/03/2017 às 17:49Nenhum caso de febre maculosa brasileira foi registrado em Jundiaí este ano. Para manter esta estatística a Unidade de Vigilância de Zoonoses de Jundiaí (UVZ) alerta para os cuidados preventivos que devem ser redobrados a partir deste mês de março quando os carrapatos, transmissores da doença, entram na fase ninfa.
“No estágio evolutivo dos carrapatos as ninfas são bem menores e, portanto, mais difíceis de serem detectadas. Quanto mais tempo permanecerem fixados à pele, mais nocivos serão os efeitos causados pelos carrapatos”, alerta a biomédica da UVZ, Ana Lúcia de Castro Silva.
A Febre Maculosa é uma doença transmitida por carrapatos do gênero Amblyomma, popularmente conhecidos como carrapato estrela, e que estejam contaminados pela bactéria Rickettsia rickettsii. “Este é o principal transmissor da febre maculosa e tem como hospedeiros não apenas as capivaras, mas os equinos, mamíferos e aves silvestres”, afirma.
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Como prevenção, Ana Lúcia lembra a todas as pessoas que costumam frequentar áreas de mata onde a incidência de carrapatos é mais frequente, que tomem alguns cuidados, como: preferir roupas claras (facilitam a visualização dos carrapatos) e compridas e vistoriar o corpo a cada duas horas para retirada dos artrópodes.
Em Jundiaí, a UVZ mantém um trabalho contínuo de vistoria e monitoramento no Parque da Cidade, além da captura feita com técnicas do arrasto e armadilha com gelo seco. “Portanto, as pessoas podem frequentar o espaço normalmente, desde que respeitem as placas de alertas, evitando contado com as capivaras, uma das hospedeiras da febre maculosa”.Mitos e verdades
A febre maculosa é cercada de informações desencontradas. Ao ser atingido pelo carrapato, a liberação da bactéria demora de duas a três horas. Daí a importância de, quando em área de mata, verificar no corpo o surgimento de possíveis coceiras e caroços.
Engana-se quem pensa que encostar objetos aquecidos (fósforos, cigarros e agulhas) no carrapato facilita a sua retirada. A melhor forma ainda continua sendo com o auxílio de uma pinça, através de leves torções para liberar as peças bucais.
Os carrapatos encontrados em cães (Rhipicephalus) não assumem importância como parasitas de humanos. Da mesma forma que a febre maculosa, quando diagnosticada, não é transmitida de humano para humano.
O mais importante e que vale para qualquer patologia é o diagnóstico precoce. A febre maculosa, embora de fácil tratamento, apresenta um alto índice de letalidade. Entre os sintomas estão: febre alta, dor no corpo, cefaleia e calafrio.
Estatísticas
No ano passado, a UVZ de Jundiaí registrou 55 casos suspeitos de febre maculosa. Destes, sete resultados positivos e cinco evoluindo para óbito. Entre os bairros afetados, Vila Maringá, Pinheirinho e um caso em local indeterminado. Nestas regiões, a UVZ mantém um trabalho educativo casa a casa.
Assessoria de Imprensa
Foto: Divulgação
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