Encontro sobre acumulação discute construção de políticas públicas
Publicada em 05/12/2018 às 17:39O II Encontro sobre Acumulação Compulsiva foi realizado nesta quarta-feira (5), no auditório da UNIP, com o objetivo de discutir o tema e iniciar a construção de políticas públicas para o atendimento dessa parcela da população. Com a participação de integrantes da rede jundiaiense e até de outras cidades, a iniciativa prossegue até o fim do dia. A acumulação compulsiva não é resultado de um fator isolado, sendo necessária a avaliação de cada caso para o desenho de projeto terapêutico exclusivo, envolvendo não somente a Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS), como Assistência e Desenvolvimento Social (UGADS), Infraestrutura e Serviços Públicos (UGISP) e Planejamento Urbano e Meio Ambiente (UGPUMA).
O gestor da UGPS, Tiago Texera, representou o Prefeito Luiz Fernando Machado durante a abertura do evento. “Os casos de acumulação não demandam apenas o atendimento em saúde. Este é o segundo encontro sobre o tema, que deve ser tratado como política pública pelas administrações”, detalha. Em Jundiaí, há 75 casos de acumuladores, distribuídos em vários pontos da cidade, sem um único perfil para os acumuladores. Dos casos conhecidos, a faixa etária acima de 60 anos e de 51 a 59 anos estão entre as das pessoas que mais vivenciam a situação. Em relação ao gênero, 56% são mulheres e 44% homens.
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Os casos de acumulação compulsiva são caracterizados pelo acúmulo excessivo de objetos, resíduos ou animais, associado à dificuldade de organização e manutenção da higiene e salubridade do ambiente, com potencial risco à saúde individual e coletiva. A enfermeira Fabiana Montoro, gerente da Unidade Básica (UBS) Esplanada, atende a um caso há quatro anos. “Para conseguir estabelecer um vínculo foi necessário o trabalho de convencimento por 9 meses. Conseguimos mudar as pessoas de casa, limpar o local onde estão os mais de 120 gatos, e conscientizar as pessoas sobre a necessidade do cuidado com a saúde. Foi um trabalho de formiguinha, mas hoje, conseguimos identificar melhorias”, detalha.
Os casos de suspeita de acumulação chegam até a administração municipal pelo telefone 156, denúncias feitas ao Ministério Público, Defensoria Pública, Unidade de Saúde, Assistência Social, Ouvidoria, Departamento de Bem-Estar Animal (Debea), ou até por vizinhos e parentes. Os casos são trabalhados pela Unidade Básica de Saúde/Estratégia de Saúde da Família e o Centro de Referência e Assistência Social (CRAS), que acionam outros órgãos (REDE) dependendo da necessidade, como Centro de Assistência Psicossocial (CAPS), Fundação Municipal de Assistência Social (Fumas), Debea, Defesa Civil, Serviços Públicos – Geresol, Vigilância em Saúde, ONGs. O Grupo Técnico Acumulação Compulsiva é acionado quando há dificuldade para articular a rede de atendimento.
Assessoria de Imprensa
Fotos: Fotógrafos PMJ
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