Trançando Arte: de hobby a atividade profissional de Sílvia
Publicada em 03/06/2015 às 16:19Trançando Arte Brasil, evento da Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para a Promoção da Igualdade Racial (Cepppir) em parceria com a Secretaria de Cultura, traz diversas histórias de trançadeiras que, por amor à profissão, vivem em prol dela. Sílvia Fernanda dos Santos, de 33 anos, aprendeu a trançar aos 13, quando frequentava o salão de beleza da amiga Mada, e nunca mais parou.
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Viveu em Jundiaí por toda a vida e trançava o cabelo da mãe por hobby. Mas logo, o que era entretenimento passou a se tornar interessante e Silvia começou a se dedicar. “Não foi proposital. Foi tentar e conseguir”. Certo dia estava no shopping quando um time de vôlei de Jundiaí estava lá e a jogadora americana Danielle Scott perguntou quem fez o trabalho no cabelo da mãe dela, e quis fazer também.
Depois de um tempo, em 2002, começou a trabalhar em um salão, e, em 2006, passou para o salão onde está até hoje, com Maria Valdilene, a “Val”, uma de suas inspirações. Naquela época, fizeram um evento parecido com o Trançando Arte Brasil, na Argos. Foi quando a ideia de participar de eventos como este começaram a surgir. “Além dessa feira, que foi marcante, já participei de diversas outras aqui na cidade.”
Sílvia, agora é mãe, e dedica seu tempo à filha e ao trabalho, mas agradece todos os dias por ter essa profissão. “Na época em que comecei, era uma novidade e todos queriam trançar. Hoje está voltando novamente. E o interessante é que sou meio psicóloga, as pessoas vêm para o salão para sair bonitas, mas também às vezes vêm para ser ouvidas.”
Há dois anos participa do Trançando Arte Brasil, não faz exposições ou tranças, porém vai como público para prestigiar o trabalho de amigas que ela ensinou a trançar. “Um evento como esse é importante para valorizar a nossa cultura afro, e é muito gratificante mostrar a nossa arte nos cabelos. É um dom”.
No domingo (14), Jundiaí vai sediar a 6ª edição do Encontro Nacional de Trançadeiras – Trançando Arte Brasil, a partir das 13h, no Parque Comendador Antônio Carbonari (Parque da Uva). “Além de fomentar, incentivar e dar visibilidade ao trabalho das trançadeiras, temos como objetivo promover o acesso à cultura afro”, disse a coordenadora da Cepppir, Valéria Fonseca.
Assessoria de Imprensa
Foto: Paulo Grégio
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