‘Maio Amarelo’ encerra sinalizando mobilidade segura
Publicada em 01/06/2016 às 15:37Com participação em um passeio ciclístico na avenida Nove de Julho na noite de terça-feira (31) que teve até participante de 90 anos de idade, a Prefeitura de Jundiaí concluiu as atividades do Maio Amarelo, voltado para a segurança no trânsito, como uma sinalização da busca de uma mobilidade urbana mais inclusiva de todos os modais de transporte motorizado e não-motorizado na vida da cidade.
Além de milhares de pessoas atingidas pela campanha, o mês de maio foi marcado pela instalação da primeiras “lombofaixas” (lombadas adaptadas também para faixas de pedestres), pela apresentação da mascote Faixolita ao lado do já presente Farolito, por faixas espalhadas pela cidade de respeito entre pedestres, ciclistas, automóveis e ônibus, e também pela inédita e moderna Cidade Mirim, instalada no Parque da Cidade para educação permanente de crianças sobre mobilidade segura.
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“Fazemos um balanço muito positivo, tanto das atividades como do envolvimento das equipes da pasta ao longo do mês todo”, afirma o secretário de Transportes, Wilson Folgozi. Para ele, a mobilidade urbana não apenas é uma questão de mudança de cultura das pessoas, mas também de mudanças físicas a longo prazo. Mas nega conflito entre a estrutura prioritária aos veículos do transporte individual motorizado, que existe hoje, com a inclusão da atenção aos outros modos de deslocamento. “É uma inclusão, não uma disputa”, acrescenta.
Receptividade
A cidade de Jundiaí vem mostrando mais atenção para a convivência das pessoas e em alguns pontos (como centros administrativos ou centros comerciais) as faixas de pedestres já ganharam prioridade entre os motoristas enquanto em outras novas lombadas de redução de velocidade surgiram para torná-las mais seguras, como ao longo do mês de maio na avenida Itatiba, por exemplo. As “lombofaixas” em fase de testes na avenida São João e na avenida Luiz Zorzetto (marginal ao córrego da Colônia) são mais um passo nessa tendência.
Ao longo do mês, grandes empresas convidaram técnicos da Prefeitura de Jundiaí para ministrarem palestras aos funcionários e até mesmo centros comerciais e shopping centers tiveram abordagens educativas aos frequentadores. “Tivemos duas ou três atividades por dia em média. A mobilidade segura é mais que o trânsito, é parte da cidadania”, afirmou o diretor de Trânsito, Rogério Alves.
Na Cidade Mirim, instalada no Parque da Cidade com uma simulação de faixas de trânsito, paradas de ônibus, calçadas, faixas de pedestres e ciclovias para atividades voltadas principalmente para alunos de 9 e 10 anos da rede municipal de 27 mil estudantes, a parceria também inclui o Programa de Esportes e Atividades Motoras Adaptadas (Peama) em questões de acessibilidade. Um quadriciclo simula o ônibus, mas em médio prazo podem surgir veículos elétricos e até mesmo o aluguel de bicicletas do programa para atividades lúdicas do programa Jundiaí Mais Segura com adultos ou famílias visitantes.
Bicicletas
O passeio em uma ciclofaixa temporária na avenida Nove de Julho fez parte da abrangência da campanha de maio. Organizado pelos veteranos Alan Silvestre e Israel Bernardi, promoveu uma homenagem a ciclistas vítimas de acidentes de trânsito e outra em especial ao atleta Gilson Alvaristo, campeão de provas como a Volta do Chile e a Volta das Américas além de momentos como a Olimpíada de Moscou e de Los Angeles e natural do Paraná, falecido aos 59 anos em Jundiaí, onde havia passado a viver. “É confortador vivenciar essas manifestações de carinho e reconhecimento de seu trabalho”, afirmou a esposa Elaine.
Além desse momento de emoção, outro destaque foi a presença do ciclista Valentim Bernardi que aos 90 anos definiu sua fórmula como “evitar passar nervoso, um cálice de vinho de vez em quando, não ter medo do trabalho e pedalar bastante”. Foi celebrado por representantes de grupos como Pedala Jundiaí, Pedalando em Jundiaí, Pedala o Caco (formado por ex-cavaleiros) e muitos outros.
De acordo com a Secretaria de Transportes, a bicicleta é um meio mais reconhecido atualmente nas políticas públicas e na comunidade e seu plano cicloviário foi modernizado nos debates paralelos ao Plano Diretor Participativo e vai ser implantado “conforme o cenário atual permitir” nas novas obras do sistema viário ou reformas das antigas.
“O avanço das formas de mobilidade urbana interessa a todos. Não é possível termos o mesmo modelo no futuro se onde havia apenas quatro casas em uma rua passarmos a ter quarenta delas verticais com a respectiva proporção de veículos na mesma via pública. É preciso estimular o uso de vários tipos de locomoção”, definiu Folgozi.
José Arnaldo de Oliveira
Fotos: Alessandro Rosman
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