Simpósio marca lançamento de pesquisa ferroviária
Publicada em 25/08/2016 às 14:37Uma pesquisa de novos métodos científicos sobre a história técnica da Companhia Paulista de Estradas de Ferro (1868-1971) está no livro “Tecnologia e Cultura – Memória Ferroviária” (Edições Brasil, 2016), que trata da linha desenvolvida pela Faculdade de Tecnologia (Fatec) de Jundiaí em projeto capitaneado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp).
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O lançamento foi nesta quinta-feira (25), no 4º Simpósio de Patrimônio Material e Imaterial de Jundiaí, organizado pela Diretoria de Patrimônio Histórico, da Prefeitura, e pelo Conselho Municipal do Patrimônio Artístico e Cultural (Compac).
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O livro registra uma ampla abordagem da pesquisa, apoiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
São três partes principais. Na primeira, chamada Pesquisa, tecnologia e patrimônio, é tratada a apropriação social do patrimônio tombado do Complexo Fepasa entre 1999 e 2012, o trabalho do tecnólogo da preservação de bens patrimoniais, a importância do acervo da Companhia Paulista para estudos sobre a história da educação profissional e a informatização do patrimônio ferroviário paulista.
Na segunda, estão Passagens e velocidades, colocando as locomotivas no contexto maior da aceleração da vida e dos fluxos e “tempos de formação” sobre os surpreendentes conhecimentos da era da mecânica surgidos e desenvolvidos no local que praticamente criou o modelo de ensino do Senai.
A terceira parte envolve os trabalhos desenvolvidos como iniciação científica qualificada (ICT) sobre as Funções e espaços de trabalho pelos relatórios de 1869 a 1872, um estudo terminológico para um “glossário inglês-português”, um estudo no álbum comemorativo da companhia sobre “trabalho, lazer e eventos de 1868 a 1918”, um curioso estudo de “diários de trabalho de uma equipe de pesquisa” e, finalmente, a “aplicabilidade do scrum (método de planejamento) em pesquisa”.
Presente ao lançamento, um dos entrevistados da seção de história oral aplicada do livro, o ex-chefe de seção Carlos Roberto Tonielo, de 67 anos, lembrou que muitos dos ferroviários dispensados em 1999, quando a estatal Fepasa foi vendida para a empresa Ferroban, permaneceram no complexo voluntariamente até 2001.
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“Tivemos muitas ações de trazer a comunidade, inclusive reunirmos os relógios espalhados para formarmos esta hoje conhecida Sala dos Relógios”, afirmou sobre o movimento coletivo que naquele ano alcançou a municipalização parcial do complexo.
O livro foi organizado pelos professores doutores Lívia Maria Louzada Brandão e Sueli Soares dos Santos Batista e pelo professor mestre Carlos Eduardo Schuster, da Fatec Jundiaí. A coordenação geral do projeto é de Eduardo Romero Pereira, da Unesp.
José Arnaldo de Oliveira
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