Prefeitura de Jundiaí

Dia do Aposentado: Jornalista conta em livro a história da Previdência

Ninguém melhor do que um jornalista especializado em previdência, somado ao trabalho como historiador, para sintetizar o emaranhado de artigos, capítulos e parágrafos da complexa legislação previdenciária do Brasil. Ao longo de 45 anos, Geraldo Gomes Gattolini atuou nos mais importantes veículos de comunicação do Brasil, além de publicar mais de 10 mil artigos em jornais e revistas. Muitos deles dando ênfase ao tema previdência social.

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Gattolini: jeito simples de explicar a previdência

Gattolini nasceu em Araraquara, mas teve grande parte da vida profissional desenvolvida em Jundiaí. Com muita propriedade e com o conhecimento de quem se dedica à pesquisa, ele lançou recentemente a obra impressa “História da Previdência Social”, trazendo a essência daquilo que interessa a todo cidadão brasileiro que busca, um dia, aposentar-se.

O livro é deliberadamente sintético e cumpre o objetivo de permitir que aquelas pessoas que não possuem o hábito de leitura, como ele mesmo diz, ‘de largo fôlego’, possam entender o extraordinário trabalho da Previdência Social, a partir das humildes origens.

Tendo como base o cronograma da própria Previdência Social, além das pesquisas realizadas em Jundiaí nos arquivos da Companhia Paulista de Estradas de Ferro e da Família Eloy Chaves, Gattolini buscou resgatar um dos episódios mais importantes da história social brasileira.

A importância da obra fez com que rapidamente ela chegasse ao conhecimento de especialistas e, principalmente, autoridades federais, como o próprio ministro da Previdência atual, Garibaldi Alves Filho, a quem ele entregou, pessoalmente, um exemplar do livro.

De todos os pontos que ele aborda na obra, Gattolini considera que a greve dos trabalhadores das estradas de ferro em Jundiaí, em 1906, foi o acontecimento mais importante a contribuir para a história da Previdência Social. À época, a então Companhia Paulista de Estradas de Ferro queria imputar aos trabalhadores o ônus da criação de um fundo para financiar a aposentadoria e pensões.

Foi contra o desconto de 30% nos salários que os trabalhadores se revoltaram e iniciaram um movimento grevista, o primeiro do Brasil, que teve duas mortes mas repercutiu em todo o País, repetindo-se em 1919, quando outra paralisação estendeu-se às ferrovias de todo o Estado, de Santos a Araraquara. “Jundiaí foi pioneira também na realização de uma greve de trabalhadores”, comenta o jornalista.

Convite
Já a motivação para o livro veio do convite feito pela Associação dos Aposentados de Jundiaí – um importante órgão de representação e luta dos aposentados da cidade – que sentiu a necessidade de dispor de um material de qualidade e de fácil compreensão para entregar aos associados. “Tem detalhes que nem mesmo os especialistas sabiam”, diz Gattolini.

O livro não traz apenas a cronologia da história da Previdência Social. Com uma leitura diferenciada, o autor tece comentários e fornece dados que em muito auxiliam aqueles que desejam conhecer mais sobre o tema, do passado aos dias atuais.

Quando se diz que a aposentadoria não é o fim da linha, mas o começo de uma nova jornada na vida de uma pessoa, Gattolini pode ser visto como o exemplo mais legítimo. Aposentado há mais de 20 anos, ele nunca parou. E a contribuição literária ganha ainda mais importância quando trata de temas tão importantes como o movimento dos operários de Jundiaí, trabalho que ele desenvolve com sabedoria e, sobretudo, habilidade.

Por Alcir de Oliveira
Foto: Divulgação

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