Voluntários vivenciam experiências de um deficiente visual
Publicada em 16/09/2014 às 14:30Um grupo de 30 pessoas, convidadas pela Coordenadoria da Pessoa com Deficiência, teve o privilégio de passar por uma experiência incrivelmente diferente. Elas participaram do projeto “Curta Sensorial” e vivenciaram as dificuldades de um deficiente visual em determinadas situações.
O filme “Não quero voltar sozinho” foi exibido na sala de aula da Escola de Governo e Gestão do Município, com efeitos de audiodescrição – recurso de acessibilidade comunicacional que amplia o entendimento das pessoas com deficiência visual em produtos audiovisuais. Os convidados receberam vendas para usar durante a projeção, a fim de entenderem melhor o que ocorre com as pessoas que não enxergam.
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A iniciativa da coordenadoria, realizada sexta-feira (12), teve um objetivo especial na semana em que se comemora o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência: criar multiplicadores dentro de um processo de conscientização. Segundo o coordenador Reinaldo Fernandes, é intenção, também, ampliar a experiência e trazer a ação para o Paço Municipal, envolvendo os servidores, principalmente aqueles que atuam diretamente no atendimento ao público.
“Quando se prepara um servidor para atuar na melhor compreensão das dificuldades dos deficientes e para oferecer um atendimento condizente, estamos cumprindo a determinação do prefeito Pedro Bigardi de cuidar das pessoas”, diz Reinaldo. Segundo ele, a acessibilidade não significa apenas rampas. “A inclusão deve ser plena e atender todas as formas de limitação das pessoas”, comenta.
Amplo
Júnior Nascimento, assessor da coordenadoria e intérprete oficial de linguagem de sinais da Prefeitura, explica que a ação faz parte de um projeto mais amplo de acessibilidade, que compreende um curso de formação de audiodescritores. “Estamos em contato com Bel Machado, uma especialista na área e que demonstrou interesse em fazer parte do projeto”.
O assessor explica que, aos poucos, os eventos da Prefeitura têm contado com um cerimonial acessível, inicialmente com a tradução simultânea em Libras para os deficientes auditivos. “A médio e longo prazos, vamos ampliar essa preocupação levando a audiodescrição às salas de espetáculos, para atender a esse público que tem sido historicamente excluído das artes visuais”.
Em conversa com o secretário de Cultura, Tércio Marinho, Júnior Nascimento explicou que já há estudos para aquisição de uma cabine de audiodescrição pela Prefeitura. E, ainda, em um terceiro momento, formar cegos para atuar como revisores em audiodescrição.
Alcir de Oliveira
Foto: Dorival Pinheiro Filho
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