Virada Negra: culinária afro dá sabor ao evento
Publicada em 14/11/2014 às 16:49O Boteco da Nega há dois anos faz sucesso com a culinária baiana, além dos tradicionais lanches de pernil e calabresa. Na quinta-feira (20), a partir das 10h, na praça do Fórum, estas e outras comidas africanas e afro-brasileiras vão dar sabor à Virada Negra 2014.
O evento é uma realização da Prefeitura de Jundiaí e conta com organização da Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para a Promoção da Igualdade Racial (Cepppir). Por determinação do prefeito Pedro Bigardi, o objetivo do evento é comemorar o Dia Nacional da Consciência Negra e oferecer interação com as diversas formas de expressão da cultura negra.
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A gastrônoma Ellen Aparecida Augusta, de 40 anos, idealizadora do Boteco da Nega, no Mercadão do Cidade, no Vianelo, conta que o acarajé é sua grande paixão, mas que novamente vai apresentar ao público o lanche de pernil.
“Nós participamos o ano passado e vendemos mais de 70 lanches numa manhã na praça. Este ano, nossa expectativa é dobrar as vendas e fazer o público conhecer nossas delícias”, afirma.
Além do Boteco da Nega, que funciona para eventos, Ellen participa do Varejão Noturno do Anhangabaú, às terças-feiras, e do Varejão Noturno da Vila Arens, às quintas.
“De terça-feira, na avenida Jundiaí, eu faço o acarajé e os lanches. De quinta-feira, na Vila Arens, são só os lanches. É o maior sucesso e o público está adorando nossa culinária”, conta Ellen.
A baiana do acarajé
Jundiaiense de nascimento, mas baiana de coração, Eunice de Cássia Fonseca de Almeida, 45 anos, mais conhecida como Mona, também estará na Praça do Fórum com o tradicional acarajé.
Há 7 anos tendo como ofício a produção do bolinho de feijão fradinho, ela conta com o apoio de toda a família para propagar a arte de cozinhar um dos tradicionais alimentos da Bahia. “Já sofri preconceito por não ser da Bahia, mas, quando a gente faz o que gosta, faz com amor e tudo dá certo”, diz.
Os acarajés surgiram por conta de uma vontade das baianas em ganhar o próprio dinheiro. “Elas pediram aos seus senhores se poderiam vendar os bolinhos em tempos que não estavam trabalhando e, com o dinheiro arrecadado, elas montaram os primeiros candomblés”, conta Mona.
Luiza Ronchi
Fotos: Fotógrafos PJ
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