Oficina do Plano Diretor quer Jundiaí como referência mundial
Publicada em 08/04/2015 às 17:21Buscar o objetivo para os próximos anos de ter uma cidade como referência mundial de qualidade de vida, encarando o desafio de equilibrar o crescimento com a proteção ambiental. Essa foi uma das principais expectativas apontadas por moradores na nona das 11 oficinas territoriais do Plano Diretor Participativo, realizada no bairro Terra Nova, na noite dessa terça-feira (7). Para os participantes, Jundiaí tem grandes desafios mas também condições de buscar uma meta deste tipo.
“Esse novo formato de construção do plano nos tem permitido ouvir a comunidade, numa maneira de trabalho conjunta entre poder público e cidadãos. As contribuições têm sido muito boas e as oficinas somam com os milhares de questionários aplicados ano passado”, afirma a secretária de Planejamento e Meio Ambiente, Daniela da Camara Sutti. A participação, inclusive, é uma orientação direta do prefeito Pedro Bigardi.
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Água
Um dos pontos positivos apontados nas oficinas, que tem sido o abastecimento de água, também é alvo de esclarecimentos sobre os limites dos reservatórios locais que dependem da captação no rio Atibaia. No consumo médio atual de 1,2 mil litros por segundo, as represas cobrem apenas dois meses (e não 50 anos) no caso de agravamento da crise no sistema Cantareira.
Esse cenário também tem levado aos cuidados defendidos com a produção local de água, dependente da infiltração e das nascentes tanto na Serra do Japi quanto nas regiões rurais e de mananciais.
O debate teve também questões sobre as exigências adotadas para a regularização fundiária dos loteamentos irregulares, que já superaram 35 casos de certidões ambientais emitidas na atual gestão mas são consideradas difíceis por alguns moradores. A Prefeitura lembrou que, além da legislação, o processo também visa educar a comunidade contra esse procedimento.
“Por isso o plano precisa da participação da comunidade. Outro dia passei diante de uma belíssima plantação de uva e ao consultar o mapa percebemos que ali estava marcado como zona industrial. Ambas são importantes, mas precisamos refletir juntos sobre essa lógica de cidade”, comentou Daniela, lembrando que atualmente há conflitos também entre leis municipais e estaduais.
Mobilidade
A oficina mostrou ainda que um dos pontos fortes da economia local é a existência de seis rodovias cortando a cidade. Isso, entretanto, também causa pontos fracos do trânsito com as poucas transposições sobre elas. Esse desafio vai ser trazido ao processo do Plano Diretor Participativo, que terá agora fóruns em maio e junho.
Aliado a isso, haverá um estudo do plano de mobilidade trazido pelo setor técnico e que inclui veículos, transporte público, ciclovias e pedestres (neste último caso, um projeto-piloto de caminhabilidade será iniciado no sábado (25), no Centro).
Outro ponto sempre lembrado nas oficinas, a segurança, também terá uma nova rodada de discussões avançando na cidade. Na região do Terra Nova, o convite foi feito para a audiência dia 30 de maio, às 9h30, na escola municipal Aparecido Garcia, no Jardim Martins.
A Serra do Japi, os parques públicos, a educação básica, as placas de passagem de animais silvestres, os centros esportivos e o lazer da cidade em geral foram alguns dos pontos positivos destacados no encontro realizado na escola municipal Ruth Sirilo. Também surgiram questões pontuais como o apoio para caminhadas em estradas (que em alguns casos poderiam ser estrada-parque), iluminação de ruas ou um emissário de coleta de esgotos rurais, além da fiscalização de usos na serra.
A oficina também contou com a presença do secretário de Agricultura, Abastecimento e Turismo, Marcos Brunholi, e do comandante da Guarda Municipal, José Roberto Ferraz, além dos diretores de Planejamento e Meio Amnbiente, Daniela Colagrossi, de Regularização Fundiária, Sérgio Dutra, e de Meio Ambiente, Flávio Gramolelli.
José Arnaldo de Oliveira
Fotos: Dorival Pinheiro Filho
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