‘Café com Trem’ reaviva lembranças no dia do Ferroviário
Publicada em 30/04/2015 às 15:47O clima ameno da manhã desta quinta-feira (30) não poderia ter proporcionado melhor atmosfera ao evento ‘Café com Trem’, realizado na Sala dos Relógios, dentro do Complexo Fepasa, em comemoração ao Dia do Ferroviário.
Ex-ferroviários, familiares, representantes de museus jundiaienses e demais órgãos prestigiaram a confraternização, que com declaração motivadora foi aberta pelo secretário de Cultura, Tércio Marinho.
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“Este é um momento de confraternização e comemoração. O governo Pedro Bigardi reconhece a importância da história do Complexo Fepasa e trabalha para recuperação deste espaço contando sempre com apoio da população. Nós agradecemos a participação de todos”, acentuou Tércio.
Logo após, a diretora do Complexo Fepasa, Maria Angélica Ribeiro, complementou: “Este é um evento em homenagem aos ferroviários e proporciona uma grande troca de experiências”.
Entre goles de café e petiscos amanteigados, José Antônio, 60 anos, ex-caldeireiro da Cia. Paulista, ao ser perguntado sobre os 20 anos de ferrovia, não escondeu a emoção: “É muita saudade, se lembrar eu choro. Pena que acabou”.
Já Ariuvando Fonseca, 74 anos, mais conhecido como “Ticão” na época em que era ferreiro ferramenteiro na Cia. Paulista, comentou sobre o evento. “Não tenho nem o que falar disso aqui, sinto saudades da época e esta é uma oportunidade de relembrar. Fui o último a utilizar aqui a ferramenta Tenaz de Boca, e hoje ela está no museu em exposição”.
Reencontro
O aposentado Danilo Fagundes, 78 anos, mencionou ter sido um dos mais prestativos funcionários da companhia e destacou a emoção por poder participar do evento. “O pessoal gostava de mim, eu era ‘pau para toda obra’. Voltar é um prazer por estar vivo e ver essa iniciativa”.
A amizade de Antônio Palmerive, 78 anos, e Geraldo Libório, de 72, foi reavivada durante o encontro. “Eu tenho muita saudade dos colegas. O Geraldo era motorista na companhia. Sempre fomos amigos, mas perdemos o contato”, comentou Antônio. Ao degustar um pão de queijo, Geraldo mencionou a importância do Café com Trem. “Nesse encontro a gente revê os colegas e isso é muito bom. Quando reencontramos um ferroviário é uma alegria muito grande, pois voltamos no tempo”.
Ex-mecânico de motor de tração, Carlos Eduardo Santos, 52 anos, contou um pouco da história com a ferrovia. “Eu entrei aqui muito jovem, levava o trabalho a sério mas tínhamos muitas brincadeiras também e era divertido. Nós tínhamos uma equipe de futebol que disputava campeonatos internos, o Time da 33. Fomos duas vezes campeões e uma vice”.
O ‘Café com Trem’ foi eternizado pelo fotógrafo Marco Antônio, em registro tipo pinhole, com uma câmera do acervo do museu da Cia. Paulista. “A máquina é do século XIX e pertence ao acervo do museu. Quando há algum evento deste gênero, nós a utilizamos.”
Assessoria de Imprensa
Fotos: Fotógrafos PMJ
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