Posse responsável de animais é o alerta da Cobema

Publicada em 06/10/2015 às 14:49

Em meio ao atendimento de cirurgias agendadas de castração nesta terça-feira (6), a Coordenadoria de Bem-Estar Animal (Cobema) trabalhava também a análise de novas ações voltadas para a ampliação da posse responsável de animais na comunidade de Jundiaí.

Para Talissa, apoio é essencial mas pessoas não devem abandonar animais

“Essa é uma diretriz essencial do trabalho, definido pelo prefeito Pedro Bigardi para a questão animal”, explica o médico-veterinário Jonathann França Ribeiro, coordenador do serviço vinculado à Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente.

A importância do assunto foi destacada também pela jovem Talissa dos Santos, que levou um pequeno cachorro que encontrou abandonado para atendimento médico. “Eram dois, o outro morreu. Esse está com cinomose, mas está reagindo bem. É a primeira vez que venho buscar apoio na Cobema e achei importantíssimo esse trabalho. As pessoas não deviam abandonar uma vida”, afirmou.

Os atendimentos no local priorizam pessoas cadastradas em programas sociais da Prefeitura e também protetores independentes e entidades que atuam no setor.

Educação intensiva
O novo conceito de posse responsável está sendo aplicado até mesmo para as adoções de cães e gatos. Antes de receber um animal escolhido, interessados recebem visita técnica que pode até mesmo inviabilizar o processo. “A gente orienta sobre adaptações, como a cerca telada em casas ou apartamentos, e sobre o cotidiano do convívio”, acrescenta Jonathann.

O objetivo dos trabalhos da Cobema é esclarecer que um animal de estimação não é uma mercadoria que possa ser descartada e toda a população deve estar consciente de medidas de cuidado, inclusive castração, para o respeito à vida dos animais e ao próprio meio ambiente como um todo.

Um dos planos de cooperação envolve diálogo com a Secretaria de Educação, pelo Núcleo de Educação Socioambiental, e com a Secretaria de Saúde, pelo Zooeduca, para que o assunto possa ser introduzido em eventos na rede municipal de ensino. “Se as crianças crescerem conscientes da posse responsável, serão adultos mais conscientes”, afirma.