Encontro discute valorização da cultura cicloviária no Plano Diretor
Publicada em 22/12/2015 às 14:46Com auditório cheio no Paço Municipal em plena segunda-feira (21), os planos de mobilidade com bicicletas em Jundiaí foram o tema de encontro que definiu prazo até 18 de janeiro para que os grupos e ciclistas da cidade possam sugerir melhorias no plano cicloviário (ou rede ciclável) a ser incorporado ao Plano Diretor Participativo para os próximos dez anos.
Foram apresentados estudos para 116 quilômetros de ciclovias principais e mais 28 quilômetros de ciclovias complementares na próxima década e ouvidas propostas para a busca de mais apoio para outras alternativas com as ciclorrotas. A ação foi coordenada pela Secretaria de Transportes e pela Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente.
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“Pela primeira vez a cidade está definindo políticas e recursos voltadas para essa área. Pretendemos, com o secretário Wilson Folgozi, melhorar também a inclusão do tema na educação de trânsito”, afirmou o diretor da Secretaria de Transportes, Rogério Alves dos Santos.
“O entendimento de que mobilidade não é apenas o sistema viário de automóveis é uma mudança cultural na sociedade, da mesma maneira é um desafio de uma profunda mudança técnica para os governos”, comentou a secretária de Planejamento e Meio Ambiente, Daniela da Camara Sutti.
O Grupo de Estudos de Projetos Cicloviários (GEPC), formado em 2014 com integrantes dessa pasta e mais a Secretaria de Transportes e a Secretaria de Obras, desenvolveu até o momento estudos para um circuito viável inicialmente nas regiões centrais, leste e oeste nos formatos de ciclovia e ciclofaixa. Mas os cicloativistas defendem também o uso das “ciclorrotas”, formato mais simples que utiliza sinalização aos motoristas sobre a presença de ciclistas.
Os projetos
Os estudos preliminares apresentados abordam as áreas do Terminal Central, da Avenida Jundiaí, do Parque da Uva, da Avenida Manoela Lacerda de Vergueiro, da Avenida Pedro Blanco, da Avenida Coleta Ferraz de Castro, do Trecho 1 da Avenida Nove de Julho (Rotatória-Rodoviária-Alças), do Trecho 2 da Avenida Nove de Julho (Rotatória-Ponte de Campinas).
Mais os projetos da Vila Hortolândia-Vila Marlene, da Extensão da Avenida Caetano Gornatti, da Conexão com a Ciclovia Botânico-Parque da Cidade, da Avenida Luiz Latorre (Conexão com Avenida Antonio Pincinato), da Avenida do córrego da Walkíria (Conexão Alça-Avenida Osmundo Pellegrini), da Avenida Luiz Sereno.
E ainda projetos pensados para o Parque Guapeva, o Complexo Fepasa, o Complexo Colônia (zona leste) e o Complexo Varjão (Novo Horizonte-Tulipas-Fazenda Grande) e o Complexo Medeiros (zona oeste). E mais inserções colocadas dentro do projeto do BRT.
Ciclorrotas
Os cicloativistas e simpatizantes que participaram do encontro, incluindo delegados que atuam no processo do Plano Diretor, lembraram que ouvir o segmento para rumos no horizonte de dez anos é importante. Mas devem sugerir ações mais simples e baratas, como sinalização de ruas que formam “ciclorrotas” usadas pelas bicicletas e a continuidade de implantação de paraciclos.
As contribuições para melhorar o plano podem ser enviadas no início de janeiro para a sala do Plano Diretor, no 5º andar (ala sul) do Paço Municipal.
Horizonte
A disponibilização de projetos cicláveis no portal Urbanismo Caminhável também aponta que a prioridade de cidades para pessoas está relacionada a uma visão de mobilidade mais ampla do que os sistemas viários, colocando pedestres e ciclistas em outro patamar. No Plano Diretor Participativo esse conceito também orienta casos como a Zona de Qualificação dos Bairros Centrais ou a Zona de Reabilitação Central, que buscam proteger os bairros para estimular o maior uso por moradores, sejam como pedestres ou como ciclistas.
José Arnaldo de Oliveira
Fotos: Paulo Grégio
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