CEU das Artes tem pista melhorada com proposta de morador
Publicada em 25/05/2016 às 14:09A inauguração do Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU das Artes), neste sábado (28), no bairro Vista Alegre, guarda uma história muito positiva de participação comunitária que, inclusive, corrigiu falhas de projeto padronizado nacionalmente na construção da pista de skate.
Gilberto Tessari Júnior, o Xuxo, skatista, designer e ativista que, quando comerciante, também foi marcante ao organizar um disco de bandas independentes da cidade chamada Ramdia Quellen (nome científico do peixe jundiá) com renda beneficente para o movimento S.O.S. Animais Abandonados, explica. “A coisa foi assim. Tem um cara lá envolvido no projeto representando a associação de moradores, ele se chama Valdir Lira. Ao ver as dimensões da pequena pista de skate, pensou que poderia virar um “elefante branco” e pensou em procurar alguém da área para conversar”, explica.
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Nessa busca, em contato com servidores da Prefeitura, conseguiu o contato de Gilberto “Xuxo” Tessari Júnior nas plantas da primeira pista do Sororoca (nome popular do Centro Esportivo José Brenna, na região central), que ele havia ajudado a projetar. Feito o contato, convidou-o para uma visita às obras.
“Aí eu fui, vi que o projeto não tinha nada de mais e o espaço era realmente pequeno. Ele resolveu levar a coisa adiante porque eu comentei que algumas medidas estavam meio estranhas, mas nada que fosse tão grave. Aí ele resolveu me arrumar uma cópia do projeto original e foi onde constatei que havia dois erros graves, um de concordância de raio e outro do “couping”, que é aquele cano que fica no final da transição. Então ele me perguntou se eu podia refazer o projeto ou dar uma melhorada para que a coisa ficasse um pouco melhor, e eu fiz na verdade dois projetinhos novos”, acrescenta.
Apresentado à Prefeitura, o projeto de correção enfrentou inicialmente algumas dúvidas sobre atraso de obra ou mesmo questões de ética sobre apontar erros de outros profissionais, inclusive de outras instâncias. Mas o representante dos moradores “bateu o pé” sobre a especialização do colaborador técnico e o risco do equipamento não ser usado, como ocorreu em um caso semelhante em cidade vizinha. “São erros pequenos, mas que fazem com que a ‘galera’ não consiga usar direito”.
A Prefeitura acabou adotando as soluções propostas para que o projeto não fosse refeito do zero, mas pelo menos 50% do traçado original, mirando também no objeto de não criar atrasos maiores.
Com esse caso, a participação e a cooperação social mostram novamente que podem melhorar aspectos da gestão de projetos públicos.
José Arnaldo de Oliveira
Foto: Paulo Grégio
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