Jundiaí reforça luta pelos direitos dos idosos
Publicada em 24/02/2015 às 18:11Com visitantes de diversos municípios, um debate sobre políticas sociais para idosos contou com a participação da Prefeitura de Jundiaí e promoção da Associação dos Aposentados e Pensionistas de Jundiaí e Região (AAPJR), nesta terça-feira (24), na região do centro histórico. A ação reforçou o papel da cidade como pioneira na luta pelos direitos das pessoas acima dos 60 anos de idade no País.
“Nosso trabalho, depois da criação da Coordenadoria do Idoso, tem sido articular políticas dos diversos setores em uma interlocução do poder público e da sociedade civil”, destacou Cláudia Sartori, representante da Prefeitura na mesa diretora.
Em meio a questões como saúde, acessibilidade, educação, transporte e moradia, entre outras, coube ao ex-presidente da associação, Antonio Galdino, destacar a necessidade de vinculação das aposentadorias ao número de salários mínimos vigentes. “Corremos o risco de chegar a um patamar baixo em comum”, afirmou, lembrando do movimento pela conquista de 147% em 1991.
Para o presidente da federação estadual do setor (Fapesp), Antonio Alves da Silva, Jundiaí foi uma das lideranças desses movimentos e novamente reforça o papel com o diálogo entre poder público e comunidade.
Público alvo
De acordo com Cláudia Sartori, a Prefeitura tem buscado trabalhar em parcerias com as entidades (muitas das quais também participantes do Conselho Municipal do Idoso) e com um foco dentro dos 52 mil habitantes acima dos 60 anos de idade – formado por 14 mil pessoas em condições mais precárias.
A apresentação foi prestigiada também por Vanderlei Victorino, assessor especial do Gabinete do Prefeito para Assuntos das Coordenadorias, e por Marilza Campos, da Coordenadoria da Mulher, além do presidente do Conselho Municipal do Idoso, Milton Calzavara, entre outras lideranças.
Cláudia falou sobre os eixos do Idoso Ativo (para uso dos espaços públicos), da Semana do Idoso (com força para eventos culturais e esportivos), do Acolhimento ao Cuidador (projeto-piloto para criação de grupos de apoio mútuo), dos Serviços (com capacitações de profissionais), das Publicações (com folhetos e revistas) e de Violência Contra o Idoso (com formação de rede técnica e protocolo de notificação obrigatória).
O debate com o público numeroso mostrou-se importante para que fosse divulgado o Estatuto do Idoso.
Limitações
O convidado Paulo Sérgio Pelegrino, do Instituto Paulista de Geriatria e Gerontologia (IPGG), destacou que alguns aspectos do debate foram adequados, mas exigem uma solução complexa. “A ação de Jundiaí buscando estimular estudantes de medicina a optarem pela geriatria tem lógica pelo crescimento da demanda, mas na realidade existe essa carência tanto como pediatras e outros.”
De acordo com o presidente da associação, Edegar de Assis, o evento teve um bom nível de discussões. “Esse assunto não termina nunca. Queremos agradecer aos visitantes de outras cidades e aos moradores que vieram de diversos bairros”, afirmou. Para a diretora de políticas sociais da entidade, Fé Juncal, o debate valorizou o tema em Jundiaí.
José Arnaldo de Oliveira
Fotos: Paulo Grégio
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