Palestra da Semana do Consumidor lota auditório da Unip
Publicada em 18/03/2016 às 13:59O anfiteatro da Universidade Paulista (Unip), em Jundiaí, ficou pequeno na noite de quinta-feira (17), quando a palestra “Direitos e Deveres do Consumidor Bancário” atraiu a atenção de mais de 400 alunos da instituição. O evento fez parte da programação da 4ª Semana do Consumidor, criada e organizada pelo Procon de Jundiaí.
Durante pouco mais de 40 minutos, o coordenador do Núcleo de Superendividamento do Procon da Barra Funda, Diógenes Donizette, explicou a origem das dívidas das famílias brasileiras, as armadilhas criadas pelo sistema bancário e os direitos de um superendividado junto à instituição bancária.
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Na abertura do encontro, o coordenador da instituição em Jundiaí, Adilton Garcia, lembrou que uma das principais bandeiras da Semana do Consumidor é “prover uma relação mais justa entre consumidores, distribuidores, fornecedores e fabricantes”. Adilton ainda lembrou de algumas ações pontuais que fizeram do Procon de Jundiaí um dos mais bem-sucedidos em todo Estado, com a “Caminhada do Procon” e o “Procon Móvel”, que estava estacionado na entrada da faculdade e chegou, até, a atender alguns alunos que buscavam informação.
CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DO ‘PROCON NOS BAIRROS’
Há 19 anos com atuação em Procons, Diógenes acende o sinal vermelho e crava: “A atual situação é muito desconfortável. Ao menos 50% das famílias brasileiras estão endividadas ou apresentam alguma dificuldade na gestão dos recursos financeiros. Acrescidos os ingredientes crise e desemprego, a situação é ainda mais delicada.”
A receita da nitroglicerina econômica é simples: linhas de crédito em abundância, pouca educação financeira, sociedade pautada no modelo extravagante de consumo e, por fim, as mais altas taxas de juros do mundo. A bomba está montada.
“São diversos os vilões. O cartão de crédito e o cheque especial vêm sempre em primeiro lugar, mas é importante lembrar as taxas praticadas em empréstimos consignados para o funcionalismo e aposentados”, alerta Diógenes. Para o especialista, o modelo de “bancarização” da atualidade até pode oferecer vantagens para quem tem a cultura da poupança. Do contrário, pode ser “a beira do precipício”.
“E geralmente um banco sempre oferece uma nova linha de crédito para que o consumidor quite dívidas anteriores, aumentando a bola de neve. Para frear esse fenômeno, só mesmo a educação financeira sobre o consumo, o que é sempre desafiador frente a tantos e sedutores convites à compra”, finaliza.
Audiência atenta
Com todos os lugares tomados, restou o chão acarpetado lateral do auditório para que as amigas do 5º semestre do curso de Direito, Jéssica Catarino, Nádia de Souza, Talita Cristina Pereira e Flávia Regina de Souza, se acomodassem. “Conhecemos o palestrante, ele já veio aqui e é ótimo”, confirma Jéssica.
“Achamos a iniciativa sensacional. Vale pelo conhecimento, não apenas como estudantes de Direito, mas como consumidores que somos”, ratifica o grupo das meninas.
Thiago Secco
Fotos: Dorival Pinheiro Filho
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