‘Circuito Cultural’ propõe mapeamento de pontos criativos
Publicada em 13/08/2015 às 17:47Ao lado da oficina desse sábado (8), no âmbito do projeto Urbanismo Caminhável, o coletivo “Circuito Cultural Jundiaí” continua colaborando nos estudos do projeto com um mapa colaborativo e experimental, aberto a outros interessados na montagem dessa leitura coletiva. A proposta dialoga com outras oficinas realizadas nessa sexta (7) e também no sábado (8), chamadas “Cultivando Jundiaí” e “Jundiahy Centro Histórico Interfluvial”.
De acordo com o músico Daniel Motta, que representou o coletivo Zona Cultural de Jundiaí na oficina, o trabalho em andamento está relacionado com um grupo variado de produtores de diversas áreas na cidade articulados inicialmente em torno de uma proposta levada ao concurso Cidadonos (e depois ao Plano Diretor Participativo) sobre o reconhecimento de “zonas criativas” no município.
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O conceito principal usado pelo grupo é o da economia criativa, aplicado a atividades que utilizem criatividade e sustentabilidade no uso de recursos humanos e naturais, buscando um novo modelo social e econômico.
Existem variações na abrangência do conceito, mas pode ser visualizada citando áreas como design, arquitetura, música, moda, teatro, software, artes visuais, produção audiovisual, patrimônio histórico, paisagismo, dança, literatura, cultura popular, cinema, circo, biotecnologia, pesquisa e desenvolvimento (P&D) e até mesmo a gastronomia.
Embora o foco do mapa experimental aceite marcações fora da área ampliada do Centro Histórico, um dos cruzamentos possíveis de informações é com outros mecanismos como o Wikipraça. Entre os pontos de referência desse centro ampliado que já apresentam concentrações desse tipo de atividades estão a Esplanada do Monte Castelo (Escadão), o Largo do Chafariz (Rua das Artes) e o Largo da Bandeira, entre outros.
Entre casos levantados nesse tipo de proposta estão iniciativas em São Paulo, Seattle (Estados Unidos) e Barão Geraldo (Campinas) e as zonas podem ser formadas por imóveis, quarteirões, ruas ou bairros inteiros, com ações privadas e públicas.
Uma das especialistas no tema, Lala Deheinzelin, costuma destacar a importância de sonhar o futuro com o fato de que imagens dos anos 1920 ou 1940, como videoconferência, notebooks, muitos carros, cidades em escala inumana, home theater, drive thru, fast food foram pensadas muito antes de virarem realidade. “É preciso voltarmos a semear imagens de futuros desejáveis que possam inspirar inovação e escolhas”, afirma no portal Crie Futuros. Em Jundiaí o debate pode receber apoio também do grupo In-Pulsa, responsável por ações como o recente Decola Inovação.
“Em nossas pesquisas, o grupo descobriu que até 3,5% do PIB do Estado de São Paulo pode ser gerado por esse setor e de cada milhão de reais investidos são gerados 140 empregos diretos nessa área contra 40 no setor automobilístico por exemplo, além de ser uma tendência no mundo“, divulga o coletivo que reúne artistas, arquitetos, sociólogos e outros.
As ações do projeto Urbanismo Caminhável, por outro lado, seguem com o contêiner-oficina no Largo da Matriz com prazo previsto até o fim de agosto e continuidade de ações no Centro Histórico neste semestre dentro do conceito de prototipagem (experimentação colaborativa com testes de aceitação) que possa gerar replicabilidade também nos bairros.
José Arnaldo de Oliveira
Foto: Paulo Grégio
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