Riquezas da Serra do Japi exigem novas ações, diz evento
Publicada em 08/03/2016 às 18:44Com grande representação de segmentos da cidade, um alerta foi dado no evento dos 33 anos de tombamento da Serra do Japi, que contou com especialistas, nesta terça-feira (8), no auditório do Paço Municipal. O mais importante deles foi dado pelo biólogo João Vasconcellos-Neto, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e um dos criadores da Base Ecológica, sobre o futuro da conexão da serra com outras áreas naturais.
“Temos uma importância essencial nesta data e temos um paralelo entre a mobilização pela Serra há mais de três décadas e nossa preocupação com a conservação da área rural e de mananciais hoje, onde temos a água como um critério central”, afirmou a secretária de Planejamento e Meio Ambiente, Daniela da Camara Sutti, em referência ao novo Plano Diretor Participativo.
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Para Vasconcellos-Neto, os estudos feitos nesse tempo decorrido desde o tombamento mostram um aumento de espécies conhecidas (borboletas, por exemplo, passaram de 650 para 900) e o mosaico de formações florestais que a Serra abriga guardam espécies vegetais ou animais únicas por altitudes, por regiões da mesma e até pelos solos variáveis sobre a base de quartzito.
“É importante que municípios busquem reverter a destruição e construir a sustentabilidade. Mas precisamos pensar mais ainda no futuro, em criar corredores verdes entre as formações como Serra da Cantareira, Serra do Japi, Serra do Mar e assim por diante, com pontes verdes superando obstáculos como rodovias”, afirmou ao mostrar diversos casos surpreendentes de espécies desconhecidas ou interações entre plantas e animais ou entre diversos tipos de animais que parecem inspirados na ficção científica.
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Em outra linguagem, o diretor Marcelo Pilon mostrou que Jundiaí está prestes a criar o programa Jundiaí Nascentes envolvendo diversos setores para pensar junto a água e as condições naturais de nascentes e de recarga, e isso está sendo integrado ao planejamento urbano.
Além de mostrar imagens captadas por câmeras noturnas de espécies animais, a equipe lembrou das mobilizações de jundiaienses nas passeatas ecológicas de 1978 e indicou a canção de Fábio Porte para a Serra do Japi.
O evento também contou com a presença da historiadora Elisabete Mitiko Watanabe e do arquiteto urbanista Elizeu Marcos Franco, especialistas do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico do Estado de São Paulo (Condephaat). A moradora Yone Guatta, do bairro Santa Clara, levantou questão também sobre o lado histórico da Serra como uma pequena igreja de 1917 mantida pela comunidade.
O evento reuniu um público variado como os diretores das Secretarias: de Agricultura, Abastecimento e Turismo, Gilberto Bardi; de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Gilson Pichioli; de técnicos como Martin Ribeiro (DAE) e também a presidente do IAB Jundiaí, Rosana Ferrari; a coordenadora da Associação Mata Ciliar, Cristina Adami; a pesquisadora Cláudia Yoshida; a presidente do Conselho de Gestão da Serra, Paula Siqueira; a presidente do Conselho de Defesa do Meio Ambiente, Sílvia Merlo; a técnica Luciana Maretti; a socióloga do Museu Histórico e Cultural, Creusa Claudino; a bióloga Isabella Baroni; o arquiteto Nivaldo Calegari; o monitor da serra Eduardo Pontes e muitos outros moradores, profissionais e técnicos.
José Arnaldo de Oliveira
Fotos: Paulo Grégio
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