Virada Negra: encerramento vai ter Orquestra Municipal
Publicada em 17/11/2015 às 16:47A Orquestra Municipal de Jundiaí vai fazer um concerto especial no encerramento da Virada Negra, nesta sexta-feira (20), às 17h, no Teatro Polytheama, com entrada gratuita. O programa traz um repertório baseado na contribuição da cultura negra para a música brasileira, com a solista convidada, a soprano Erika Muniz, integrante do Coro da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo.
Na percussão, outra participação especial. O músico Chico Santana, que já se apresentou com a orquestra em 2014 no concerto “É Samba”, vai ser responsável por executar as batidas dos ritmos africanos durante o concerto.
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Segundo a regente da OMJ, Cláudia Feres, a apresentação tem como proposta o fomento da influência negra em Jundiaí, aliando a causa a um programa cultural da cidade. “Fico muito feliz em realizar esse trabalho. Há muitos anos vinha planejando fazer um concerto dedicado à contribuição da cultura negra à música brasileira”, ressalta.
Cláudia destaca a participação dos afrodescendentes no segmento erudito. “O papel do negro é de enorme importância na formação das orquestras brasileiras. Vamos fazer parte desse movimento mostrando três principais vertentes: a contribuição para o barroco mineiro, a utilização de material sonoro da cultura negra em obras de compositores brasileiros descendentes de europeus e a mistura das culturas que trouxeram a identidade da música brasileira”, explica.
Conduzido pelo arranjador Daniel Muller, que preparou as obras especialmente para o programa, o repertório é composto por canções como “Congada”, de Francisco Mignone; “Dansa Negra”, de Camargo Guarnieri; “Ó Língua Bendita”, de José Rodrigues Domingos de Meireles; “Essa Negra Fulô”, de Lorenzo Fernandez; “Sentinela”, de Milton Nascimento; “Zumbi”, de Gilberto Gil; e “Canto de Xangô/Estrela é lua nova”, de H. Villa-Lobos.
Solista convidada
A cantora Erika Muniz, que traz para o concerto sua aguda voz de soprano, é natural do Rio de Janeiro. Como solista, ela teve sua estreia na montagem da ópera “Dido e Eaneas”, de Henry Purcell, como Belinda, em agosto de 2005, na Escola de Música da UFRJ. Em 2007, cantou as óperas “L’Italiana in Londra”, de Cimarosa, como a protagonista Livia, e “O rapto no serralho”, de Mozart, pelo projeto “Ópera no Bolso”, na Sala Baden Powell, no Rio. É integrante do Coro da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo desde março de 2008.
Virada Negra
O evento gratuito vai ter abertura oficial na quinta-feira (19), às 19h30, na igreja Nossa Senhora do Desterro, no Centro, com a Missa Afro. Seguindo a programação, vai ser realizada a “Balada da Virada”, às 23h, no Clube 28 de setembro.
Nesta sexta-feira (20), das 10h às 16h, na Praça da Matriz, estão programadas as apresentações de capoeira, Afoxé Omi Aladô, tambores africanos, grupo de maracatu Tambores de Inkice e a oficina de cultura Afrocêntrica. O encerramento vai ser às 17h, com a Orquestra Municipal, no Polytheama. A Virada também vai contar com uma praça de alimentação recheada de comidas típicas africanas e afro-brasileiras.
O Teatro Polytheama fica na rua Barão de Jundiaí, 176, Centro. Mais informações pelo telefone (11) 4522 – 0770.
Assessoria de Imprensa
Fotos: Arquivo PMJ e Divulgação
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