Jundiaí é referência em evento sobre leishmaniose

Publicada em 08/08/2014 às 13:18

A Secretaria Municipal de Saúde estará presente como convidada especial no 1º Simpósio de Leishmaniose Visceral para Municípios do Estado de São Paulo, evento organizado pelo Instituto Adolfo Lutz na próxima terça-feira (12).

O motivo é a metodologia de trabalho desenvolvida no Centro de Vigilância e Controle de Zoonoses, que criou um formato próprio de baixo custo para as chamadas “armadilhas luminosas”, usadas dentro do chamado inquérito entomológico, levantamento realizado sobre a presença do flebotomíneo (ou mosquito-palha), vetor da doença.

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Equipe da zoonoses: trabalho em Jundiaí é referência

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De acordo com o gerente de zoonoses, Carlos Ozahata, mamíferos silvestres ou cães domésticos podem funcionar como reservatórios desse vírus ao serem picados pelo mosquito infectado e o trabalho preventivo é o meio adequado de controle para que o ciclo não envolva moradores. “Já existe uma vacina, mas ainda sem comprovação para uso maciço em campanhas”, afirma.

Armadilha criada pela cidade foi adaptada de modelos estrangeiros

Armadilha criada pela cidade foi adaptada de modelos estrangeiros

AdaptaçãoA armadilha luminosa, desenvolvida inicialmente nos Estados Unidos com um custo elevado, foi adaptada em Jundiaí com o uso de reciclados como tubos de PVC ou “coolers” de computador, com pequena bateria no lugar das pilhas originais para aumentar a durabilidade.

Seu uso é feito diante da ocorrência de casos suspeitos ou confirmados, geralmente com origem “importada” de outras cidades. A variedade do mosquito que transmite o tipo visceral de leishmaniose (que causa aumento de vísceras como o fígado ou baço ou da medula) tem atividade noturna e é menor que um pernilongo. Essa coleta, chamada de inquérito entomológico, começa em um raio de 500 metros do caso suspeito e é ampliado diante de novas suspeitas.

“Desenvolvemos a metodologia ao longo de oito anos, inclusive repassando para a região e recebendo técnicos de outras cidades. Estamos sem ocorrências autóctones”, explica Ozahata.

O evento faz parte da Semana Nacional de Controle e Combate à Leishmaniose, que tem um reforço específico para a variedade visceral no Estado. A metodologia usada em Jundiaí também faz uso do teste rápido (TR-DPP) no processo laboratorial de triagem, reforçado pela sorologia do Instituto Adolfo Lutz na retaguarda de cenários de maior apreensão. Mas a cidade é considerada atualmente fora da incidência de casos autóctones.

O evento será realizado nesta terça-feira (12), das 8h às 17 h, no auditório do Instituto Adolfo Lutz na avenida Dr. Arnaldo, 351, nas Clínicas, em São Paulo.

José Arnaldo de Oliveira
Fotos: Fotógrafos PJ


Link original: https://jundiai.sp.gov.br/noticias/2014/08/08/jundiai-e-referencia-em-evento-sobre-leishmaniose/
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