Praça Família & Espaço Pet – José Diogo de Souza
A praça está localizada na rua Alceu de Toledo Pontes – Parque Cecap Jundiaí, em um espaço de aproximadamente 3 mil m² com brinquedos para as crianças e para os pets, iluminação pública em LED, academia ao ar livre, bebedouros e três quiosques.
O nome da praça é uma homenagem ao Sr. Diogo que faz parte de uma das famílias mais antigas do bairro. A família chegou à cidade de Jundiaí em 1980 para morar no bairro Cecap, no Condomínio Cerejeira, apartamento B13 do bloco F do Edifício Hawai – uma das primeiras a chegar àquele bloco.
O bairro, ainda em construção, não tinha infraestrutura, as ruas eram de terra, os ônibus passavam na Rodovia Geraldo Dias a cada duas horas, vindos de Valinhos para Jundiaí… tudo era muito difícil. O Sr. Diogo tinha carro e, por isso, ajudava os demais moradores, dando carona até a cidade, os levando ao mercado nos fins de semana e ao médico quando precisavam. As crianças estudavam na escolinha – local onde funcionava a administração da obra do Cecap, que acabou sendo adaptado para aulas –, e não demorou muito para que os moradores, junto com os sitiantes locais, se unissem para trazer melhorias ao bairro.
A primeira conquista foi a vinda de um Padre para celebrar as missas, que aconteciam embaixo dos blocos, nas garagens. Depois de um tempo, as missas passaram a ser celebradas no barracão, local que serviu de alojamento para os trabalhadores no período da construção do Cecap. O Sr. Diogo auxiliava muitas vezes, buscando e levando o Padre embora.
Com a doação do terreno pela família Gastaldo para construção da Capela, houve uma mobilização de alguns moradores para que a Igreja fosse construída. Cada um contribuía com o que podia, e lá estava o Sr. Diogo novamente com sua família, ajudando no mutirão – carregando e assentando tijolos, pintando, limpando o chão e os vidros.
Com a Igreja pronta, o Bispo Dom Roberto Pinarello de Almeida determinou que a Capela seria em homenagem à Santa Rita de Cássia. A imagem foi encomendada para a missa inaugural na cidade de São Paulo e quem se encarregou de buscá-la foi o Sr. Diogo, que a trouxe deitada no banco de trás da sua Brasília, enrolada em vários cobertores.
Sr. Diogo fazia parte da equipe de liturgia, era Ministro de Eucaristia e, entre suas funções na igreja, visitava os doentes da comunidade, levando sempre uma palavra de conforto e a Eucaristia. Era respeitado e admirado por todos e sua casa vivia cheia de jovens.
Para oferecer um pouco de lazer para as crianças do bairro, comprou uma piscina regan de 3.000 litros, a montou na garagem do bloco e adaptou uma mangueira enorme do tanque da sua lavanderia até a piscina para que pudesse enchê-la. Ele permitia que todas as crianças do bairro brincassem – diversão garantida e ele se alegrava com isso.
No dia 25 de abril de 1999, quando tinha 57 anos de idade, ouviu do seu apartamento um barulho, como que de bombinhas de festa junina, e crianças gritando. Disse para sua esposa e filha que crianças haviam se machucado brincando com bombinhas e que precisava ir ajudar. Desceu a rampa e foi até a garagem, onde se deparou com um morador transtornado, alcoolizado e armado. O Sr. Diogo foi assassinado com três tiros à queima-roupa, sem ter a chance de falar absolutamente nada ou se defender.
Deixou para a sua família e para todos da comunidade a seguinte mensagem:
“Ser honesto e trabalhador é uma obrigação, não um mérito. Sejam pequenos no que for preciso, mas grandes nos valores, e busquem a DEUS, pois Ele sempre será a força que precisamos e sempre nos conduzirá aos melhores caminhos. Não façam que a vida seja banal, fútil e pequena.”
José Diogo de Souza
O Sr. Diogo, como era conhecido por todos – nasceu no dia 9 de dezembro de 1941 na cidade de São Sebastião do Paraíso, Minas Gerais.
Aos 18 anos, veio para a cidade de São Paulo para trabalhar – foi funcionário da Fundação SEADE – Sistema Estadual de Análise de Dados, vinculada à Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo. Casou-se com Ana Lúcia Cotrim de Souza no dia do seu aniversário natalício, no ano de 1967, em Borborema, São Paulo (cidade natal de sua esposa), e teve dois filhos: Jivago e Lara.
As Praças Espaço Família & Pet possuem denominações em homenagens aos cachorros do Canil da Guarda Municipal de Jundiaí.
Espaço Pet Luana
Luana
A charmosa Luana integrou o Plantel da GM antes dele existir oficialmente, quando o trabalho com cães era prestado por voluntários que acreditavam que, além de melhores amigos das pessoas, eles também são excelentes ferramentas de trabalho quando são ensinados a usar além de seus comportamentos instintivos.
Ela prestava serviço no Patrulhamento Preventivo, campeonato amador de futebol do município e gestou no Canil sete de seus filhotes, nascidos em 10 de maio de 2003, que passaram a integrar nosso Plantel: Apolo, Chacal, Enzo, Fly, Inca, Rugos e Zeus. Os filhos da Luana uniram os Guardas Municipais Cinófilos para manter o ambiente saudável e conseguir comprar mais ração, suplementos e vacinas, uma vez que o Canil não existia, não havia verba pública para mantê-los e os custos aumentaram muito. Foi o que faltava para motivar a criação oficial, que veio com o Decreto 19.489 de 05 de fevereiro de 2004, sendo a Luana o elo entre o início das atividades e a criação de uma Instituição que presta serviços maravilhosos à população, seja retirando malfeitores das ruas, encontrando pessoas idosas perdidas e alegrando a vida das crianças nos hospitais com o cão terapia.